Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, está sendo investigado por causa da escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022. O dirigente brasileiro votou no país asiático para receber o torneio e está na mira do Comitê de Ética da Fifa por causa de suas relações com dirigentes e investidores catarianos.
O processo de investigação é liderado pelo norte-americano Michael Garcia, que tem sido assessorado por um ex-funcionário do FBI e outro da CIA. Há pouco mais de duas semanas, foi revelado que um ex-vice-presidente da Fifa, Jack Warner, recebeu US$ 2 milhões (R$ 4,5 milhões) de Mohamed Bin Hammam, presidente da Federação de Futebol do Catar.
A reportagem apurou que Michael Garcia também está investigando o voto de Ricardo Teixeira. O brasileiro apoiava Bin Hammam para ser presidente da Fifa e cedeu os direitos sobre os amistosos da seleção brasileira à ISE. A companhia, com sede nas Ilhas Cayman, tem donos sauditas e ligação direta com Bin Hammam.
Ricardo Teixeira já não faz parte da Fifa e, portanto, não tem a obrigação de responder às perguntas de Michael Garcia. Mas o investigador recebeu carta branca para tentar desvendar o que ocorreu na escolha da sede da Copa de 2022 e isso inclui o voto do brasileiro.
Se for condenado por algum tipo de irregularidade, Ricardo Teixeira pode ser banido do futebol - o que significaria que não poderia ser pago pela CBF por trabalhos de consultoria, como ocorreu em 2013 - e ter a sua aposentadoria suspensa pela Fifa.
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