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Bancos mantêm tarifas de pacotes padronizados

Diferença entre preços é de R$ 6,60; para aumentar valor
, instituições devem avisar 30 dias antes

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
06/04/2014 | 07:22
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Divulgação


Os pacotes padronizados de serviços bancários estão em vigor há nove meses. No entanto, ainda não há definição das instituições financeiras se haverá incremento nos preços quando completarem um ano. Por enquanto, os valores continuam os mesmos de primeiro de julho, quando entraram no leque de opções aos clientes pessoas físicas.

Ao todo, são quatro tipos de pacotes, cada um com número específico de serviços. Quanto menos disponibilidade, como números de saques, extratos e transferências, menor o preço do pacote. Porém, cada instituição pode precificar como bem entender.

Tendo em vista essa liberdade, desde o começo, entre os seis maiores bancos que atendem os consumidores, a maior diferença de preços chega a R$ 6,60, no caso do pacote padronizado 4 (com mais recursos). As instituições pesquisadas foram Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Santander, HSBC e Itaú Unibanco.

Com valores que vão de R$ 9,50 a R$ 30,50 por mês, os padronizados – que têm esse nome justamente para que o consumidor tenha como comparar preços – mais caros são, em geral, oferecidos pelo Santander, Itaú Unibanco e Bradesco. Os mais baratos foram apurados na Caixa e no HSBC.

INFLAÇÃO - Tendo em vista a inflação desde o começo da oferta dos pacotes padronizados, que vão de 1 a 4, é possível que os bancos tenham tido aumento de seus custos. E essa seria premissa para que os ‘combos’ tenham elevação no valor.

O especialista em finanças e ex-economista chefe da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) Roberto Luis Troster diz que, normalmente, o custo e a concorrência são os fatores determinantes para as políticas de preços dos bancos.

Porém, há dois lados da moeda para o aumento dessas tarifas dos pacotes padronizados, pondera o professor de Finanças e Economia da Trevisam Escola de Negócios e da Fundação Dom Cabral, Helvidio Prisco. “Se sentirem a pressão de custo, podem aumentar. Mas, em contrapartida, nós, consumidores, estamos fazendo o uso da internet nas transações bancárias cada vez mais, e isso reduz os custos às instituições.”

Prisco acrescenta ainda que, normalmente um banco acompanha o outro, sem a necessidade de acordos, mas para não ficar para trás. “Se um elevar a tarifa, é possível que os outros o sigam.”

Questionados pelo Diário, Bradesco informou que não tem informações sobre aumentos nas tarifas dos pacotes. O Banco do Brasil destacou que não há previsão para majoração. Caixa, Santander, HSBC e Itaú Unibanco não responderam até o fechamento desta edição.

Os consumidores, porém, deverão ser informados sobre o aumento com um mês de antecedência. Essa é a determinação do Conselho Monetário Nacional. E, caso as tarifas sejam majoradas, só após 180 dias poderão sofrer novas alterações para cima. Para baratear, não é necessário avisar.
 




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