O Dia dos Pais está entre as datas comemorativas com menor expectativa de vendas para o comércio. Fica atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e dos Namorados. Porém, o movimento nos centros comerciais da região, ontem, era intenso. Mas nos shoppings a presença de consumidores dentro das lojas não condizia com a data. Os estabelecimentos do segmento feminino eram os mais lotados, principalmente os comércios de roupas e bijuterias.

Por outro lado, lojas de roupas e calçados masculinos e eletroeletrônicos, na maioria, contavam com um ou dois clientes. Nos comércios dos centros dos municípios os consumidores quase se esbarravam nas calçadas. Os estabelecimentos, neste caso, estavam todas cheias, sem distinção por gênero.

A equipe do Diário percorreu os principais pontos comerciais da região, ontem entre 14h e 17h. A maioria das sacolas nas mãos dos consumidores era de lojas de roupas. E foi justamente este o tipo de item que a analista de tecnologia da informação andreense Patrícia Nunes do Santos escolheu para presentear os pais da sua família.

Ela preferiu comprar no calçadão da Rua Oliveira Lima, no Centro de Santo André. "Os preços estão bons", disse, destacando que encontrou algumas promoções de Dia dos Pais.

Segundo pesquisa da Universidade Metodista de São Paulo, 44% das compras para os pais serão vestuários e calçados na região. Os consumidores deverão gastar cerca de R$ 24 milhões apenas com esses tipos de produtos.

A estimativa da instituição de ensino é que a data comemorativa movimente R$ 55 milhões no Grande ABC, bem menos do que no Natal do ano passado (R$ 300 milhões). Neste ano, os consumidores gastaram cerca de R$ 100 milhões para o Dia das Mães e R$ 70 milhões para o Dia dos Namorados.

Aurea de Lima e sua filha Tainá não acompanharam a maioria. Elas procuravam no Centro de Santo André um GPS, aparelho de posicionamento e localização por meio de sinal de satélite. "Ela quer comprar um para ele. Mas é para usar apenas no carro, e não na moto", disse a mãe, que recebeu o aceno da filha.

Aurea pretendia adquirir à vista o produto. "Já tenho muitas parcelas para pagar", desabafou. Segundo a Metodista, 32% da região tinham a intenção de pagar com dinheiro e 26% com cartão de débito.