Economia Titulo Empréstimo
Morador da região busca
mais crédito que da Capital

Empréstimos nas 7 cidades têm alta de 26%, chegando
a R$ 17 bilhões; em São Paulo, a expansão foi de 24%

Pedro Souza
12/08/2012 | 07:04
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O crédito é um dos combustíveis do crescimento econômico de uma região. Com ele, as famílias aumentam o seu poder de compra e as empresas elevam estoques, realizam investimentos e conseguem ampliar sua estrutura e produção. E neste ano, o Grande ABC está um passo a frente do que a média estadual. O montante emprestado por consumidores e companhias, que ainda não tinha sido liquidado, R$ 17 bilhões, estava 26% maior do que o resultado do mesmo período do ano passado.

Dadas as suas proporcionalidades, o Estado de São Paulo apresentou expansão inferior no saldo de crédito no mesmo período. Segundo informações do BC (Banco Central), a evolução foi de 21%. Porém, o valor paulista representa metade do crédito nacional, aproximadamente R$ 1 trilhão.

A demanda paulistana também engordou menos do que o crescimento do Grande ABC. Segundo o BC, o saldo de empréstimos de São Paulo era de R$ 696 bilhões em maio, mas a alta sobre o mesmo período do ano passado atingiu 24%.

Professor de Economia da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio destacou que o crescimento mais vigoroso aponta, no mínimo, que a região teve um impulso mais vigoroso ao consumo.

"Dado o perfil dos bancos que estão presentes no Grande ABC, eu acredito que a maioria do crédito apresentado é relacionado à demanda das famílias", avaliou Maskio.

As informações publicadas pelo BC não diferenciam para quem foi o empréstimo, se era para empresas ou consumidores.

MAIOR - São Caetano apresentou a maior expansão de crédito na região. No quinto mês de 2011, o saldo apontado pelas instituições financeiras na cidade era de R$ 1,8 bilhão. Neste ano, em maio, o valor atingiu R$ 2,9 bilhões, alta de 57%. É tanto dinheiro, que seria possível pagar 9.600 apartamentos de médio padrão no município, cerca de R$ 300 mil cada um, ou 116 mil veículos populares, por exemplo.

Apesar do maior incremento no total de empréstimos, São Caetano não é a cidade com a maior demanda. De acordo com as informações do BC, São Bernardo foi responsável por R$ 6,1 bilhões em crédito, acréscimo na comparação anual de 17%. O município é o 21º que mais contratou crédito no País. Depois de São Paulo, Osasco (SP) apresentou a segunda maior demanda, com R$ 169 bilhões. Brasília (DF) foi dona da terceira posição, com R$114 bilhões.

Santo André é a segunda cidade do Grande ABC em saldo de crédito, com R$ 5,1 bilhões, alta na relação anual de 26%. Na lista nacional, o município ficou em 29º lugar. O crédito em Diadema, em maio, estava em R$ 1,5 bilhão (18%), Mauá emprestou R$ 943 milhões (20%), Ribeirão Pires contratou R$ 368 milhões (23%) e Rio Grande da Serra apenas R$ 23 milhões (22%).

 

 




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