Santo Andre 17° C
Santo Andre 17° C
São Caetano 30° C
Mauá 29° C
Diadema 29° C
Rio Grande da Serra 25° C
São Bernardo 29° C
Ribeirão Pires 26° C
Qualificação Especial para o Diário
Ricardo Trida/DGABC
Os cursos profissionalizantes estão entrando com cada vez mais força no Brasil. A população também está associando este tipo de especialização como boa oportunidade de ingressar no mercado de trabalho.
Pesquisa do Ibope, encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), revela que 90% dos entrevistados acreditam que pessoas com formação em curso técnico têm mais oportunidades no mercado de trabalho. A pesquisa ouviu 2.000 pessoas a partir de 16 anos em 143 municípios.
Entre as razões para começarem a fazer curso profissionalizante, 53% dos entrevistados apontaram o ingresso mais rápido no mercado de trabalho como um dos principais fatores. Na questão salarial, 82% concordam total ou parcialmente que os trabalhadores com certificado de qualificação profissional têm salários maiores em relação às pessoas que não possuem diploma.
Para o coordenador do curso de Gestão de Recursos da Universidade Metodista de São Paulo, Rafael Chiuzi, os profissionalizantes são grande oportunidades para as pessoas ingressarem rapidamente no mercado de trabalho.
“Estamos em fase, no Brasil, que falta mão de obra operacional. Se pensar em ser absorvido pelo mercado, o curso profissionalizante é ótima escolha” afirmou Chiuzi.
Porém, não é garantido que a pessoa consiga emprego em pouco tempo apenas porque está em curso técnico. “A inserção no mercado é realmente muita boa, mas não garantimos o emprego. Oferecemos a capacitação técnica exigida no mercado”, explicou o diretor da Evolute Cursos Profissionalizantes, Eduardo Casagrande.
COMPARAÇÃO
Geralmente os cursos profissionalizantes são procurados pela rapidez na formação e pelo preço mais baixo em relação à faculdade. Porém, o salário de quem faz a especialização rápida, na maioria das vezes, é menor em relação aos que fizeram o Ensino Superior.
Mas para Chiuzi, esse cenário está mudando. “Existe mito de que todo mundo tem que fazer faculdade, mas há pessoas muito bem remuneradas apenas com o curso técnico. A grande diferença entre o bacharelado e o técnico é que no primeiro você tem carga de matéria teórica muito maior”, afirmou.
Casagrande, no entanto, acha que um tipo de curso completa o outro. “A formação profissionalizante é importante para inserir o aluno no mercado de trabalho e ver se é isso mesmo que ele quer para vida. A partir do momento em que o aluno gostou da profissão, é importante fazer faculdade para dar mais direcionamento na vida”, disse.
Público mais velho procura escolas para aperfeiçoamento
O boom dos cursos profissionalizantes no Brasil chamou a atenção do público mais velho que busca recolocação no mercado ou aperfeiçoamento dentro da profissão. Por isso, as escolas do ramo também estão focando nesse perfil.
“Nossos cursos atendem a dois públicos. Os jovens de 14 anos a 16 anos que querem entrar no mercado de trabalho e também o mais velho. Muitas pessoas buscam aperfeiçoamento nas respectivas áreas”, afirmou o diretor da Evotule Cursos Profissionalizantes, Eduardo Casagrande.
A aluna Tania Maria Fazakas, 51 anos, por exemplo, começou os cursos de informática e de técnicas administrativas há cerca de um ano com a intenção de voltar ao mercado de trabalho. “Eu já trabalhei em escritórios por muito tempo. Agora que meus filhos cresceram, voltei a estudar com o objetivo de trabalhar na área administrativa”, contou.
“Cheguei até a receber duas propostas de emprego, mas não aceitei porque estou acabando o curso e gostei tanto de voltar a estudar que vou começar faculdade de Recursos Humanos no segundo semestre”, concluiu Tania.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.