Alvo constante de críticas, o secretário de Saúde de Diadema, José Augusto da Silva Ramos (PSDB), estará hoje na Câmara conduzindo a prestação de contas do setor, referentes ao terceiro quadrimestre de 2013.

Apesar do caráter técnico, a plenária tende a ser tumultuada, já que os vereadores da oposição vão acompanhar os trabalhos e não pouparão o titular da Pasta de questionamentos.

Um dos pontos mais contestados pelos oposicionistas é a saída de 87 médicos da rede municipal desde o início da gestão do prefeito, Lauro Michels (PV). Quando o verde assumiu o Paço, em 1° de janeiro de 2013, encontrou 570 clínicos na rede municipal, mas viu crescimento nos pedidos de demissão de funcionários descontentes com a gestão do ex-prefeito na Pasta da Saúde.

Lauro tem argumentado que os médicos que deixam a rede municipal são substituídos por meio de convênio entre a Prefeitura e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que tem campus em Diadema. Por conta disso, o repasse anual à entidade saltou de R$ 27 milhões para R$ 33 milhões.

Apesar disso, as reclamações de munícipes sobre a falta de médicos é constante. A consequência foi o encerramento da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de Pediatria do Hospital Municipal (cujas atividades serão retomadas pela gestão verde), redução no atendimento da UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) do bairro Paineiras e na alteração de funcionamento de diversas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

Durante a audiência pública, serão apresentadas informações como quantidade de atendimentos médicos, procedimentos de enfermagem, exames laboratoriais, entre outras.