Economia Titulo Dívida
Inadimplência no Grande ABC cai mais do que no Estado e no País

Boa Vista Serviços aponta que taxa de calotes tem decréscimo de 5,2% em fevereiro

Pedro Souza
do Diário do Grande ABC
25/03/2014 | 07:07
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Claudinei Plaza/DGABC


Os consumidores da região estão cada vez mais acertando as suas contas, apontam resultados de pesquisa da Boa Vista Serviços divulgada ontem. Segundo o levantamento, o número de novos inadimplentes no Grande ABC apresentou recuo de 5,2% em fevereiro, contra igual período do ano anterior. Em relação ao primeiro mês de 2014, aponta a Boa Vista, a inadimplência reduziu 6%.

O estudo tem como resultado apenas a variação percentual, e não o número total de inadimplentes, por causa de sua metodologia. Há uma relação de série histórica com o ano de 2011, quando foram atribuídos 100 pontos como base para o cálculo. A Boa Vista realiza ajuste sazonal para todos os dados.

O resultado do Grande ABC foi melhor do que a média estadual. Houve decréscimo de 2,4% no número de registros de inadimplentes paulistas em relação ao segundo mês de 2013. E, contra janeiro deste ano, a queda foi de 5,7%.

Na comparação com a média nacional, a região também foi superior. No País, a inadimplência aumentou 1,1% no paralelo entre os meses de fevereiro, e diminuiu 5,7% contra janeiro.

Tendo em vista que Rio Grande da Serra foi incluída na pesquisa, o economista da Boa Vista Flávio Calife avaliou como muito positivo o resultado do Grande ABC, principalmente pela superioridade em relação ao Estado e ao País.

Para Calife, é um reflexo de que as famílias estão com melhor potencial de liquidação de suas dívidas abertas. Mas há uma pressão também por parte da oferta. “Provavelmente a maior seletividade dos bancos na hora da concessão do crédito tem contribuído para uma redução no número de novos inadimplentes”, avaliou Calife.

Ele destacou ainda que o endividamento das famílias (contas a pagar), que caminha em curva diferente à da inadimplência, pode também ser um fator estimulante para a redução dos pagamentos em atraso. Isso porque as famílias estariam deixando um pouco de lado as novas contratações de crédito para quitar suas dívidas e, assim, diminuindo o contingente da demanda e influenciando nos calotes.
 




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