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Microempresas da região têm ritmo fraco de vendas

No Grande ABC, houve alta de 2,2% no faturamento em janeiro; em todo o Estado, foi de 12,3%

Leone Farias
do Diário do Grande ABC
20/03/2014 | 07:07
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As MPEs (Micro e Pequenas Empresas) do Grande ABC começaram o ano em ritmo mais lento de vendas do que o registrado pela média dessas companhias em todo o Estado de São Paulo, aponta pesquisa divulgada ontem pelo Sebrae-SP.

De acordo com o estudo, enquanto as MPEs da região apresentaram crescimento de 2,2% no faturamento real (descontada a inflação) em janeiro, na comparação com igual período de 2013, na média paulista, houve alta de 12,3% na receita dos empreendedores.

Em todo o Estado, a variação positiva surpreendeu favoravelmente os analistas. Para o economista do Sebrae-SP Pedro João Gonçalves, a demanda por produtos como bebidas e ventiladores, por causa do verão mais quente neste ano, teria contribuído para impulsionar pequenos comércios paulistas.

Dois fatores ajudam a explicar o desempenho mais tímido dos sete municípios, explica Gonçalves: o baixo nível de atividade industrial em janeiro e a base de comparação mais forte, já que, em 2013, as pequenas empresas do Grande ABC se destacaram, com expansão de 6,1% ante os números de 2012. Foi mais do que a variação observada em todo o Estado (1,2%).

Há alguns dias, analistas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já destacaram a ampliação da quantidade e da duração das férias coletivas por parte das fabricantes neste início de ano.

E, pelo fato de a região ter forte parque industrial, em que muitas pequenas empresas fornecem produtos e serviços para grandes companhias (por exemplo, para montadoras e produtoras de sistemas automotivos), a parada na atividade fabril impactou em seus resultados, assinala Gonçalves.

OCUPAÇÃO - Também por esse efeito de encadeamento de emprego e renda, as MPEs do Grande ABC tiveram retração (0,8%) no nível de emprego em janeiro, na comparação com mesmo mês de 2013, enquanto na média de todo o Estado houve crescimento de 4,4%.

Para Gonçalves, isso também reflete o efeito das folgas prolongadas em grandes indústrias, o que reduziu as encomendas das pequenas e fez com que estas demitissem. A crescente entrada dos produtos importados também influi, ao tirar mercado das fabricantes de menor porte e ampliar as dificuldades financeiras para os empresários, segundo representantes do setor industrial.
 




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