Presidente estadual do PP, o deputado federal Paulo Maluf reconheceu a possibilidade de a legenda apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), mas fez mistério sobre o palanque em que subirá na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Segundo ele, a sigla faz consulta sobre a disputa estadual. 

 “Há três grandes nomes, o (petista e ex-ministro da Saúde, Alexandre) Padilha, (o peemedebista Paulo) Skaf e o (governador e candidato à reeleição pelo PSDB Geraldo) Alckmin. O partido é que vai decidir onde vamos ficar”, considerou Maluf, ao ignorar Gilberto Kassab (PSD). 

 A sinalização de apoio a Dilma e a adesão do PP à candidatura de Fernando Haddad (PT) à prefeitura da Capital em junho de 2012 evidenciam que a sigla capitaneada por Maluf pode aderir ao projeto político de Padilha. Mesmo assim, o parlamentar desconversa sobre colaborar com o petista. 

 “O Padilha tem toda a nossa simpatia. Eu o conheço pessoalmente, mas o presidente do partido não pode ter vontade própria, tem de ter a vontade dos outros”, disse o progressista. “Estou há mais de 20 anos como presidente nacional ou local (da legenda) e não tomo atitudes individuais. Vou consultar o partido (sobre Padilha).”

Ao mencionar a estratégia da legenda para a disputa eleitoral, Maluf relatou que terá pelo menos 20 candidatos a deputado estadual e federal na Região Metropolitana, mas não especificou quantos postulantes serão do Grande ABC.

 O parlamentar participou na manhã de ontem de encontro regional do PP em Mauá. Antes, foi recebido pelo prefeito, Donisete Braga (PT). 

 Os dois conversaram sobre gestão pública e trocaram elogios. Donisete enalteceu a participação da sigla de Maluf na base aliada. “As relações políticas têm de ter caráter administrativo. Epossuímos uma relação muito boa com o PP em Mauá”, disse o chefe do Executivo.

 Após a reunião com o prefeito, Paulo Maluf foi até a Câmara participar da atividade com os correligionários. Dentre os assuntos tratados no encontro, o fortalecimento da sigla na região e a busca por novas lideranças políticas. “Militância partidária não se faz apenas de acordo com o calendário eleitoral. Temos de rejuvenescer o partido”, alegou o progressista. 

BATORÉ 

 A direção local do PP está confiante em recuperar a cadeira do vereador Ivann Gomes, o Batoré, que deixou a sigla em outubro de 2013, alegando perseguição política, filiando-se ao PRB . O parlamentar é pré-candidato a deputado federal. 

 “Ele (Batoré) foi um exemplo ruim. A pessoa é eleita, então por que mudar de partido? Estou há 47 anos na mesma legenda”, disse Maluf.

 O presidente do diretório municipal do PP, Ronaldo da Comport, disse que a ação movida por infidelidade partidária está em fase final no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo). Se Batoré perder o mandato, será substituído pelo o primeiro suplente do PP, Adelto Damasceno Gomes, o Cachorrão.