Na reportagem feita na época pelo jornal O Estado de S. Paulo, o governo, por meio da Secretaria de Gestão Pública, contestou os números do instituto federal - ligado ao Ministério do Planejamento, em Brasília -, embora o próprio governo paulista fosse a fonte dos dados publicados.
Em nota oficial, a secretaria disse então ao jornal que 5.393 pessoas trabalhavam para o governo em cargos comissionados sem concurso. Ou seja, disse que havia menos comissionados do que o informado pelo IBGE.
Uma nova versão surgiu depois. Em julho do ano passado, o governo paulista enviou ao IBGE uma retificação dos dados da pesquisa referentes aos números de 2012. Com isso, mudou a base de referência para avaliar a evolução do funcionalismo até 2013. O governo Geraldo Alckmin informou então que, em 2012, o número correto não eram os 7.747 informados inicialmente, também não eram os 5.393 divulgados à imprensa. São Paulo tinha em 2012, na verdade, 13.805 funcionários comissionados, informou o governo estadual.
Na quinta-feira, 13, ao justificar tantas mudanças, a assessoria de imprensa do governador afirmou que houve uma "pequena variação natural". Ocorre que os números corrigidos no ano passado se referem a um período estanque: a base de dados do funcionalismo em 2012.
Queda-de-braço
O problema todo foi que o IBGE desconsiderou essa correção ao divulgar ontem os dados do segundo Estadic. A avaliação do governo Geraldo Alckmin é que o instituto teve tempo suficiente para rever os dados e publicar a versão correta, o que não foi feito.
À noite, a Secretaria de Gestão de Alckmin divulgou uma nota reafirmando o número de 13.805. A pasta afirmou ainda que os comissionados "foram contratados com o devido rigor no cumprimento ao que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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