Cultura & Lazer Titulo Teatro
Com experiência
de Regina Duarte

Atriz é destaque no suspense Bem-Vindo,
Estranho no Teatro Municipal de Santo André

Caroline Garcia
Do Diário do Grande ABC
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Divulgação


“O ser humano é uma caixa de pandora. O ator está sempre em cena enfrentando o desafio de criar todas essas possibilidades.” É nessa eterna busca por interpretações diferentes que Regina Duarte traz a personagem Jaki para três apresentações no Teatro Municipal de Santo André, no espetáculo Bem-Vindo, Estranho.

A história se passa em um apartamento em Londres, na Inglaterra, onde Jaki mora com a filha Elaine (Mariana Loureiro). A relação das duas, que já é conturbada, piora quando a garota, uma jovem advogada, se apaixona pelo seu cliente Joseph (Kiko Bertholini), absolvido após ter sido acusado de cometer o assassinato da namorada, e o leva para morar em casa.

“É a partir dai que se cria um triângulo com muitas tensões. A história é marcada por suspense, mas também dá para rir. Jaki é exagerada e apaixonada pela vida. Tudo o que ela faz é exacerbado e isso é levado à plateia”, diz Regina.

Além da preparação corporal e vocal, a atriz pesquisou outras diretrizes para conseguir dar vida à personagem da forma como queria. “Na peça, lidamos com a patologia da compulsão, da dificuldade de se controlar quando a emoção é muito forte. Por isso, fui atrás dos pontos de vista histórico, sociológico, psicológico e médico.”

No palco, o clima é de estética noir, com atmosfera densa, trilha sonora e o indispensável cigarro. Esta é a estreia do diretor Murilo Pasta no teatro após comandar atrações na televisão e cinema. O espetáculo é a primeira montagem baseada na peça Be Mine, da dramaturga britânica Ângela Clerkin.

Carreira

Aos 67 anos e mais de 50 deles de carreira, Regina Duarte transitou entre teatro, televisão e cinema.

Interpretou papéis marcantes e de personalidade forte. Já foi por três vezes a protagonista Helena, do autor Manoel Carlos, a viúva Porcina, Chiquinha Gonzaga, e ganhou o título de namoradinha do Brasil, em 1971, quando fez a novela Minha Doce Namorada.

“A tendência natural do ator é procurar sempre papéis diferentes, mas ele, geralmente, acaba sendo convidado para fazer aquilo que já fez. Até se dar conta de que precisa dessa diversificação”, analisa Regina.

Apesar da longa trajetória na dramaturgia, a atriz afirma que ainda não vivenciou tudo. “Há uma possibilidade enorme de características humanas a serem exploradas. Quero estar sempre em cena e enfrentando novos desafios”, conclui.

Bem-Vindo, Estranho – Teatro. Hoje, às 21h30; amanhã, às 21h; e domingo, às 18h. No Teatro Municipal de Santo André – Praça 4º Centenário, Centro. Ingresso: R$ 70 (inteira), R$ 35 (meia) e R$ 50 (com flyer promocional).




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