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Sindicato está próximo de acordo positivo para funcionários da Karmann

Negociações indicam suspensão temporária de contrato por cinco meses para trabalhadores

Pedro Souza
do Diário do Grande ABC
11/03/2014 | 07:07
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Orlando Filho/DGABC


As negociações entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Karmann Ghia caminham para um resultado positivo aos cerca de 100 funcionários que atuavam na produção de peças para alguns veículos da Volkswagen, dentre eles a Kombi.

Segundo o presidente da entidade, Rafael Marques, ainda não houve acordo entre empresa e sindicato. Nem assembleia com os trabalhadores. “Mas estamos caminhando para um lay-off”, destacou. O termo é utilizado para definir a suspensão temporária dos contratos de trabalho dos profissionais, e o retorno após determinado período.

Marques explicou que as negociações indicam que os 100 empregados da Karmann deverão ficar em casa durante cinco meses. “Mas ainda faltam alguns detalhes para se chegar a um acordo”, considerou o líder sindical.

Nenhum porta-voz da Karmann Ghia foi encontrado para comentar o assunto.

HISTÓRICO - Até dezembro, os 100 trabalhadores eram responsáveis pelas linhas de produção de peças para a montagem dos modelos Kombi e Gol G4, da Volkswagen.

Esses carros tiveram a fabricação encerrada por causa da instituição de regra, pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que define que todos os carros que saiam de fábrica a partir deste ano deverão contar com o item de segurança air bag e também com freios ABS.

A Volkswagen se deparou com uma barreira de dificuldades técnicas que inviabilizaram a fabricação da Kombi com o air bag. E, no caso do Gol G4, as adaptações para cumprir as determinações do Contran exigiriam elevação de custos e, consequentemente, encarecimento do veículo, o que fez com que a montadora descontinuasse os modelos.

Como a fabricante decidiu pelo fim da produção tanto da perua quanto do veículo popular, o grupo dos trabalhadores na Karmann se tornou excedente à empresa.


Trabalhadores têm salários atrasados

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC passa por situação delicada nos últimos 12 meses. A empresa Ifer Industrial, de Diadema, tem atrasado, constantemente, os salários dos trabalhadores.

Como forma de conter esse prejuízo aos empregados, o sindicato tem realizado assembleias na fábrica e, sempre que o salário atrasa, há paralisações que acabam forçando os patrões a pagarem.

Ontem, trabalhadores da companhia denunciaram à equipe do Diário que os pagamentos e vários outros benefícios estão novamente atrasados. Mas a situação, infelizmente, não é nova para o sindicato, revela o presidente da entidade, Rafael Marques.
“Na nossa base (metalúrgicos que atuam em empresas de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) é comum haver casos como esse. Principalmente em empresas pequenas, com até 100 trabalhadores. Mas estamos preocupados porque a Ifer tem, aproximadamente, 400.”

No caso da Ifer, destacou Marques, aparentemente há algum tipo de problema econômico-financeiro, ou até mesmo administrativo, tendo em vista que fechou unidades no Rio de Janeiro, interior de São Paulo e Capital, mantendo apenas as de Diadema e Manaus.
 




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