Artigo

Zilda Arns. Carlota Pereira de Queirós. Maria da Penha. Esses três nomes representam as conquistas femininas em diversos setores da sociedade. Em cada área de atuação, Zilda Arns, Carlota e Maria da Penha deixaram legado para nós, que mostra que podemos viver num eterno aprendizado na busca de vida feliz, plena e que tenha o propósito de fazer o melhor para todos, sem distinguir classe social e cor.

Zilda Arns realizou trabalho de extrema importância ao fundar a Pastoral da Criança e ajudar as famílias pobres a reduzir a mortalidade infantil. Se hoje almejamos cargos na política buscando o bem próximo, a construção de sociedade digna e de valores devemos isso a Carlota Pereira de Queirós, a primeira deputada federal eleita no Brasil, em 1934. Nossa representante defendeu mulheres, crianças e lutou por melhorias na Educação. Já Maria da Penha Maia Fernandes mostrou que devemos lutar e não desistir nunca de nossos direitos. Ela lutou 20 anos para ver seu agressor preso. Sua luta virou exemplo e se tornou lei.

No entanto, apesar dessas conquistas, nós, mulheres, devemos ter ciência de que ainda podemos ir muito longe e que ainda temos muita coisa para conquistar. Para se ter ideia das dificuldades que ainda passamos, na política temos apenas 9% das vagas na Câmara dos Deputados e 13% das vagas no Senado. As dificuldades são grandes, o preconceito ainda é gritante, mas precisamos nos engajar mais e ter participação maior na política.Apesar da Lei Maria da Penha ter entrado em vigor, a violência doméstica ainda é alarmante e assustadora no Brasil. A lei é ferramenta de extrema importância para nós, ferramenta que devemos usar sempre que necessário!

Com o passar dos anos, conquistamos diversos cargos nos altos escalões do governo, das empresas e de outras instituições. Porém, 59% das mulheres brasileiras ainda estão desempregadas. A média de mulheres em cargos de chefia é de 5%. Apesar dos pontos negativos, nós, mulheres, conseguimos sobressair, dia após a dia mostramos nosso valor e potencial, deixando claro que não estamos aqui de passagem. Ainda com todos os percalços no caminho, voltamos para nossas casas e ainda construímos e cuidamos de nossas famílias.

Ter equilíbrio com os nossos companheiros é primordial para nosso sucesso, em todos os campos da vida, seja no lado profissional ou no pessoal. Devemos aprender a lidar com as dificuldades e saber sair delas sempre com a cabeça erguida, assim teremos mais vitórias. Os legados deixados precisam ser inseridos com total força diariamente, buscando melhoria da sociedade. É dever nosso. Devemos honrar essas grandes mulheres.

Regina Gonçalves é deputada estadual pelo PV.

Palavra do leitor

Só o excedente
Sou frequentador diário do Parque Celso Daniel, em Santo André, portanto, acompanho as reformas e realmente quando ficarem prontas vai ser cartão de visitas e orgulho para todos os andreenses. Quanto ao estacionamento, a implantação de parquímetros o deixou quase vazio, porque R$ 2,40 por duas horas para quem frequenta diariamente, principalmente idosos e aposentados, dão R$ 50 por mês e fazem muita falta no nosso apertado orçamento. O que se vê hoje são idosos estacionando na rua paralela ao parque, isso enquanto não colocarem placas de ‘proibido’, obrigando a usar o parquímetro do parque. Cadeirante é deixado na calçada enquanto seu acompanhante procura vaga na rua; idosos atravessam a Avenida Dom Pedro por deixar o carro a um ou dois quarteirões de distância etc. Não estamos pedindo nenhum privilégio aos frequentadores diários do parque: apenas duas horas livres e o que ultrapassar seria cobrado. É questão de boa vontade.
Nelson Sanchez
São Caetano

Qual?
Qual é o papel do partido político? É o simples e obrigatório vínculo de conduta viciosa, para se habilitar na disputa de cargo eletivo? Aparelho para trabalhar a favor da sociedade? Com mais um advento da nossa tão afeiçoada corrupção (Mensalão), artífices personagens mais do que manjados não encontram dificuldades nem repúdios em seus partidos. Todas as nossas instituições que deveriam se antecipar às práticas ilícitas, nos protegendo (OAB, MP etc), se omitem, permitindo organizações claudicantes atuarem livremente, numa festa de arromba, originária e mantida principalmente nas legendas partidárias. Quando ‘unzinho’ é levemente preso, o Congresso fura fila para visitá-lo, deixando claro de que lado está. Inversão de valores sem conta!
Paulo Rogério Bolas
Santo André

Cubanos
Não há como negar que a situação pessoal interfere na profissional. Problemas financeiros, relacionamentos mal resolvidos, ambiente familiar ruim, morar mal, falta de conforto etc, tudo isso com certeza reflete no desempenho das atividades profissionais. E o caso piora quando é com médicos, mais precisamente os cubanos, que moram em repúblicas, vivem de cestas básicas e locomovem-se de ônibus. Diante de tantas polêmicas, acho que os ‘contrários’ ao Mais Médicos, principalmente os cubanos, em vez do político (só criticas), deveriam olhar para essa situação com enfoque humano e enxergar as humilhações que são sujeitados esses profissionais, expondo suas chagas aos olhos do mundo e, assim, recebe-los de braços abertos.
Luiz Roberto Batista
São Bernardo

Turismo
Turismo é área de grande destaque e relevância para o desenvolvimento do País! Qualquer nação poderia viver de turismo. Eu, por exemplo, preferiria conhecer a Albânia do que ter de ir aos Estados Unidos. O turismo é o próprio do Brasil, o País cheira turismo! A Copa do Mundo a ser realizada aqui neste ano tem tudo para trazer ainda mais divisas ao nosso querido Brasil.
Edson Rodrigues
Santo André

Juíza
Não poderia deixar de registrar meu reconhecimento de alegria, como andreense e brasileiro, em razão da frase da juíza Patrícia Pires, da 8ª Vara Cível de Santo André, quando do processo movido pelo prefeito Luiz Marinho, de São Bernardo, contra este nosso Diário. “A liberdade de imprensa é o principal pilar sobre o qual se constrói uma democracia” (Política, dia 3). A posição da juíza nos presenteou – principalmente num momento que atravessamos, de insegurança, por tantos atentados e crimes contra a vida humana e outras injustiças morais, sociais e cívicas e com julgadores partidários e não técnicos –, nos acalanta e nos dá a possibilidade de ter esperanças numa Justiça plena e incondicional. Pois, fomos vitimados pela ditadura, que nos ceifou, dentre muitas ações, o direito de nos expressar. Pois, se tivéssemos em nosso Diário presidente, conselho e corpo de jornalistas e profissionais com tendências partidárias e/ou atos unilaterais, estaríamos no jazido das desesperanças. Não poderia perder o momento de gratidão, primeiro ao nosso Diário pela coragem e determinação e, em especial à juíza Patrícia Pires pelo exercício de um dos mais expoentes de nossa Constituição, a liberdade de imprensa.
Cecél Garcia
Santo André

Se a moda pega
Zhou Zhenhong, ex-chefe do sindicato único da província meridional do Cantão, na China, foi condenado à morte por corrupção. Teria aceito suborno de U$$ 4,3 milhões (Política, dia 3). Fico Imaginando se essa ‘moda’ pega no Brasil. Não sobraria político para contar história. Aliás, em caso de político, nenhum salva-se, já que aquele que não é corrupto, é omisso e conivente, portanto igualmente errado. Finalizando, quando alguém candidata-se pela primeira vez, até acredito que esteja cheio de boas intenções, porém, uma vez eleito, lá dentro, já era! Mais ou menos como uma fruta saudável num cesto de frutas podres. Não há como escapar.
Roberto Adriano Batista
São Bernardo