Política Titulo Mauá
Ida de Oswaldo ao Paço travaria pleito de Cassimiro

Vereador ligado ao ex-prefeito é pré-candidato a deputado estadual contrario ao governo

Gustavo Pinchiaro
10/03/2014 | 07:52
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Orlando Filho/DGABC


O ensaio da reconciliação entre o prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), e seu antecessor, Oswaldo Dias (PT), pode inviabilizar a pré-candidatura a deputado estadual do vereador José Luiz Cassimiro (PT). A costura do chefe do Executivo visa garantir apoio da maioria dos setores do partido e ainda pavimentar projeto de reeleição para 2016.

A pré-candidatura de Cassimiro, na visão das alas do PT que comandam o Paço, coloca em risco a retomada de uma cadeira mauaense na Assembleia Legislativa. O vereador disputaria votos diretos com o secretário de Mobilidade Urbana, Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT), que tem aval da maioria petista e é o nome oficialmente apoiado pelo Paço.

Mesmo tendo o diretório do PT de Mauá lançado duas candidaturas a deputado estadual no último pleito, o governo quer garantir segurança para a empreitada de Paulo Eugenio. Em 2010, Donisete foi eleito com 105.436 votos em concorrência direta com o ex-vice prefeito Márcio Chaves que foi lembrado por 21.698 eleitores e não conseguiu a vaga. Já na eleição de 2006, o hoje prefeito conquistou 64.569 sufrágios sem concorrência de aliados no município.

O posto de parlamentar paulista representando a cidade está vago desde que Donisete renunciou ao mandato para assumir a Prefeitura em janeiro de 2013. O espaço é cobiçado por toda a classe política de Mauá e terá, pelo menos, mais quatro postulantes em outubro – Vanessa Damo (PMDB), busca reeleição, o ex-vereador Diniz Lopes (PR), o vereador Osvanir Carlos Stela, o Ivan (PSB) e o superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) Atila Jacomussi (PCdoB).
Para chancelar a candidatura, Cassimiro, que ocupou a Pasta de Governo na gestão passada, tem apoio de Oswaldo, mas precisa de mais aliados. Donisete pode alçar o ex-prefeito para o comando da Sama ou o da Secretaria de Obras, o que tiraria o principal apoio do vereador.

A relação dos petistas ficou estremecida em 2012, quando ainda como deputado Donisete articulou com o então vice-prefeito Paulo Eugenio e o ex-presidente da Câmara Rogério Santana, a retirada de legenda de reeleição para ser o próprio candidato ao Paço. A manobra impediu Oswaldo de tentar se tornar o primeiro prefeito a exercer quatro mandatos no Grande ABC.




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