Economia Titulo Campanha salarial
Bancários pleiteiam
mais contratações e
jornada de seis horas

Na primeira rodada de negociações com os bancos, pedidos
foram rejeitados, segundo Comando Nacional dos Bancários

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
09/08/2012 | 07:30
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Representantes dos bancários iniciaram as negociações da campanha salarial com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), na terça-feira e ontem, em que discutiram reivindicações de melhoria nas condições de trabalho, como aumento das contratações e respeito à jornada de seis horas. Os pleitos foram todos rejeitados, de acordo com o Comando Nacional dos Bancários.

"Segundo os dados de pesquisa realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), os bancos geraram apenas 2.350 empregos no primeiro semestre de 2012, o que representa recuo de 80,40% em comparação com o mesmo período de 2011, quando foram criadas 11.978 vagas", disse Eric Nilson, presidente do Sindicato dos Bancários do ABC e integrante do Comando Nacional. Ele avalia que é um absurdo a maneira como as instituições financeiras tratam o tema. "Disseram que os bancários não estão preocupados com a rotatividade do setor", afirmou o sindicalista.

Outra questão abordada foi a crescente utilização de correspondentes bancários. Os trabalhadores defendem a transformação do correspondente bancário em agência ou posto de atendimento. Os trabalhadores também reivindicam que seja respeitada a jornada de seis horas de trabalho, instituída na década de 1930. "Muitos bancos não respeitam esse turno", diz Nilson.

Em relação à saúde da categoria, o ponto principal do debate foram as metas estabelecidas pelas instituições financeiras a seus funcionários. "Os bancos afirmam que as metas são desafiadoras e não abusivas e ainda questionam o posicionamento do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), que diz que o adoecimento da categoria é uma epidemia", afirma o dirigente.

A segunda rodada de negociações acontece nos dias 15 e 16 onde serão discutidos temas como a remuneração, segurança bancária e igualdade de oportunidades.




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