Economia Titulo Juros
BC eleva Selic para 10,75% para frear avanço da inflação

Crédito ficará 0,02 ponto percentual ao mês mais caro para os consumidores, estima Anefac

Pedro Souza
do Diário do Grande ABC
27/02/2014 | 07:07
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O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), elevou ontem a taxa básica de juros nacional, Selic. Os diretores da autoridade monetária decidiram que o percentual, nos próximos 45 dias, passará de 10,5% para 10,75% ao ano.

Esta é a oitava alta consecutiva nos juros, que alcançaram o maior patamar desde o fim de 2011 – quando a taxa estava em 11% ao ano. A decisão reflete a expectativa do mercado financeiro apresentada no boletim Focus, do BC, desta semana.

Segundo a autoridade máxima monetária do País, a decisão tem o objetivo de impactar como espécie de desacelerador da alta média dos preços.

“Dando prosseguimento ao processo de ajuste da taxa básica de juros, iniciado na reunião de abril de 2013, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano”, disse, por nota, a autoridade.

Em abril, quando o BC aumentou a Selic de 7,25% ao ano para 7,5%, publicou nota com o seguinte teor: “O comitê avalia que o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária.”

IMPACTO - A Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) realizou projeção sobre o impacto da expansão da taxa de juros para as famílias. A entidade espera que a taxa média de juros aos consumidores aumente de 5,65% para 5,67% ao mês por causa do novo patamar da Selic.

O resultado será o incremento dos juros do comércio de 4,35% para 4,37% ao mês. Também do rotativo do cartão de crédito, de 9,37% a 9,39% ao mês, do cheque especial, de 8,03% para 8,05% ao mês e, dos empréstimos pessoais dos bancos, de 3,26% para 3,28% ao ano.

No caso do financiamento de veículo de R$ 25 mil, parcelado em 60 meses sem entrada, a operação encarecerá R$ 201,19, estima a Anefac. O valor final passará de R$ 39.974 para R$ 40.176, devido ao incremento dos juros médios de 1,69% para 1,71% ao mês.
 




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