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Saulo prevê mudar nome de secretaria para atrair indústrias
Erica Martin
do Diário do Grande ABC
08/08/2012 | 07:25
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O candidato do PMDB à Prefeitura de Ribeirão Pires, Saulo Benevides, projeta modificar o nome da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda - que tem o objetivo de estimular o crescimento desses setores, inclusive, o de comércio e serviços - para Secretaria da Indústria como estratégia de marketing, caso seja eleito. "É um chamariz para os empresários, porque eles vão ver que o nosso governo tem interesse em apoiá-los. (Com a alteração) não teríamos despesas a mais, só trocaríamos o nome."

Na semana passada, o peemedebista prometeu que irá fazer um balcão para comunicação direta com os empresários. O canal facilitaria a aprovação dos documentos que viabilizam a abertura e o funcionamento de empresas no município. O candidato falou em aproximar negócios para Ribeirão Pires por meio da redução dos impostos e também da divulgação das vantagens de ter uma empresa instalada no município como, por exemplo, o Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas, que passará pela cidade, e o fato de o município ter status de estância turística. Entretanto, ao ser questionado se a alteração do nome poderia restringir o foco de expansão da cidade, já que a secretaria representa todas as atividades e não só a indústria, Saulo avalia que a Pasta continuará exercendo o mesmo papel. "A indústria abrange todos os segmentos. Além disso, quanto mais empresas no município, mais o comércio local será aquecido."

O professor de Políticas Públicas da Universidade Federal do ABC Vitor Marchetti comenta que é permitido fazer a mudança da nomenclatura. "Não há nada que obrigue a secretaria ter um nome específico. Para receber verba federal, por exemplo, há outras exigências, como a prestação de contas por meio de conselhos para que a sociedade civil também tenha espaço para controlar e fiscalizar o dinheiro".

A Secretaria de Desenvolvimento, entretanto, não recebe recursos do governo federal. "Quando não tem repasse, há autonomia até para criar uma nova secretaria, desde que tenha aprovação da Câmara e esteja dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (limite de gastos)."




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