O candidato do Psol à Prefeitura de Ribeirão Pires, Alberto Ticianelli, que visitou ontem alguns comércios da Avenida Francisco Monteiro, ouviu diversas reclamações dos lojistas em relação à propaganda eleitoral promovida por seus adversários, que exibem placas, cavaletes, faixas e bandeiras por todo o município. A publicidade é permitida por lei, mas, por outro lado, está tomando conta das calçadas e canteiros. "Existe uma guerra de cartazes no Centro das cidade."

Ticianelli, que até o momento está fazendo uma campanha tímida - sem publicidade em locais públicos -, aproveitou para fazer críticas às ações de marketing dos colegas de pleito. "Para mim não é democracia. Teria que existir um ambiente para expor a propaganda de forma igualitária. Do jeito que está, quem tem mais dinheiro enche a cidade com material e ganha mais visibilidade".

O postulante declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que o gasto limite de sua campanha será de R$ 700 mil - é o menor valor declarado entre os candidatos do município. Os pleiteantes Maria Inês (PT) e Saulo Benevides (PMDB) informaram montante quase cinco vezes maior: R$ 3 milhões cada um.

Apesar das críticas, o socialista também tem a intenção de levar material de campanha para as vias públicas, em até 15 dias, por meio da colocação de placas nos pontos de entrada da cidade.

"As pessoas estão cobrando a propaganda porque gostaram da minha proposta, mas estão com dificuldades para guardar o número da legenda. No entanto, será uma divulgação discreta, com o objetivo de levar informação e não fazer guerra de papéis."

Nova estratégia - Na última semana, o socialista declarou que irá mudar o seu ritmo de campanha e que apostará em uma divulgação mais agressiva. O postulante, que estava acostumado em apostar em conversas longas (cerca de 20 minutos), com poucos eleitores e sem muitos panfletos, começou a focar na entrega de mais papéis e abordar número maior de munícipes.