Política Titulo Santo André
Câmara convoca para março audiência pública sobre rombo na Previdência

Parlamentares cobram informações referentes a dívida milionária com convênios médicos

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
23/02/2014 | 07:18
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Os vereadores de Santo André deram aval a convocação de audiência pública para tratar do rombo financeiro do Instituto de Previdência, da ordem de R$ 11 milhões neste ano, referente a convênios médicos – aumento de 77,4% em relação ao exercício anterior. O documento fixa a data em 11 de março, convidando o diretor-presidente da entidade, Remígio Todeschini (PT), o secretário de Saúde, Homero Nepomuceno Duarte (PT), e representantes dos hospitais Christóvão da Gama, Beneficência Portuguesa e Bartira.

O presidente da Câmara, Donizeti Pereira (PV), considerou indispensável o encontro entre as partes no plenário do Legislativo para confrontar as “informações conflitantes”. “O que sabemos é que há atraso nos pagamentos (às instituições de Saúde). Os servidores municipais estão perdidos, sem saber a real situação. Isso precisa ser esclarecido”, alegou o verde. Os parlamentares cobrarão respostas documentadas do passivo.

O imbróglio resultou no cancelamento do Christóvão da Gama, que constava na lista de credenciados da rede. Por nota, o hospital confirmou que existem pendências administrativas e financeiras por parte do instituto que ainda não foram concluídas e, dentro da estratégia de negócios da unidade, entendeu-se como necessário a restrição temporária da prestação de serviços nos atendimentos eletivos (agendamento), ficando sem alterações os atendimentos de emergência e emergência.

Segundo o Christóvão da Gama, o posicionamento recebido por parte do instituto é que tais pendências só poderão ser regularizadas após aprovação orçamentária da Prefeitura, não tendo um prazo definido para conclusão do assunto.

O prefeito Carlos Grana (PT) reconheceu o impasse, julgando que a responsabilidade é do governo Aidan Ravin (PSB), que deixou R$ 6,2 milhões de débitos, pagos com recursos de 2013. “Temos problemas, é claro. Herdamos R$ 130 milhões de dívida da gestão anterior, inclusive, com o Christóvão da Gama”, disse ele, ao acrescentar que o Paço busca alternativas para ampliar o atendimento. “Com o Bartira ampliamos, assim como outros da Capital.”
 




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