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Comércio dispensa 1.774 empregados e região pede 2.780 vagas de emprego

Especialistas avaliam que dispensa de
trabalhadores temporários é principal vilão

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
21/02/2014 | 07:18
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O mercado de trabalho em janeiro normalmente apresenta redução do número de vagas. Mas neste ano, o resultado foi bem superior em relação a 2013. Os empregadores reduziram em 2.780 postos o emprego na região. No mesmo período do ano passado, o saldo foi negativo em 778.

O principal responsável pelo resultado foi o setor do comércio, que perdeu 1.774 postos de trabalho no primeiro mês.

Os resultados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). A pesquisa mensal tem como base os dados de todos os empregados formais das empresas instaladas na região. O resultado é a diferença entre o número de contratados e de demitidos.

Professor de Economia Regional e Política de Planejamento Econômico da FSA (Fundação Santo André), Ivan Prado avaliou que os empresários tiveram uma queda em suas expectativas em relação a 2014, e isso pode ter intensificado o processo de redução no saldo de vagas da região.

O professor Sandro Maskio, que ministra aulas de Economia e também é coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, acrescentou que a dispensa de vários funcionários temporários também pode ter contribuído para o resultado de janeiro.

“O comércio, principalmente, contratou muito em novembro e dezembro, mas não teve os resultados esperados no fim do ano. Agora, é o momento de diminuir o quadro, principalmente de empregados temporários”, avaliou Maskio. O segmento de serviços acompanha o mesmo cenário do comércio, com a dispensa de funcionários admitidos no fim do ano, o que resultou em um saldo negativo de vagas de 1.169.

Ambos acadêmicos concordam que os resultados da indústria refletem o movimento de recuperação do setor de forma lenta e, também, o início da operação de projetos traçados no segundo semestre do ano passado, que devem gerar vagas nos próximos meses. Foram 392 postos de trabalho a menos. A construção aumentou em 487 vagas.
 




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