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Cesta básica tem primeira alta de preços do ano na região

Hortifrútis como batata, tomate e alface foram
os vilões, com aumento médio de 17,65%

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
21/02/2014 | 07:16
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Arquivo/DGABC


Por causa do clima seco e do calor intenso do início deste ano, a cesta básica do Grande ABC teve a primeira alta de preços no ano, depois de seis semanas seguidas de retração, de acordo com a pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), realizada em 16 supermercados da região e divulgada ontem.

O conjunto de produtos de primeira necessidade passou a custar R$ 423,38, alta de 2,55%, ou R$ 10,53 a mais que os R$ 412,85 apontados no levantamento anterior. E os vilões, para esse aumento, foram os hortifrútis. Não fosse a categoria de produtos perecíveis que engloba a alface, o tomate, a batata, os ovos, a cebola e a laranja, que, juntos registraram reajuste médio de 17,65%, teria havido estabilidade de preços da cesta.

No caso da alface, reportagem do Diáriomostrou, no sábado, que os produtores haviam elevado em até 100% o valor dessa verdura no atacado em questão de 15 dias. No varejo, subiu 22% nesta semana (de R$ 1,90, passou a R$ 2,33 a unidade). Isso ocorreu porque o tempo quente gerou grandes perdas aos agricultores. “O clima está completamente atípico, normalmente nesta época as chuvas pesadas prejudicam, mas, desta vez, foi o calor, que queima as hortaliças folheosas”, disse o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto.

O sol forte também foi o responsável por perdas da batata, que apresentou alta de 38,8% – passou a custar de R$ 1,78 a R$ 2,47 o quilo. Segundo o engenheiro, o tubérculo é muito sensível tanto a chuvas intensas quanto à seca. O mesmo se dá em relação ao tomate, que foi a R$ 4,26 o quilo, de R$ 3,16 na semana passada, aumento de 33%.

De Benedetto destaca, porém, que há grande diferença de valores entre os estabelecimentos pesquisados. No caso da batata, a variação chega a 167% (de R$ 1,49 a R$ 3,99).

Ele acrescenta que, além da oferta mais reduzida, a demanda por saladas e sucos cresce tradicionalmente nesta época do ano. Com isso, os preços dos hortifrútis tendem a subir. A laranja, por exemplo, subiu 7%. De Benedetto salienta que, embora as frutas sofram menos influência do clima no campo até agora, o calor gera crescimento de perdas no varejo. “Os supermercados não têm, de modo geral, ambiente com temperatura controlada”, afirma. Isso ajudaria a explicar por que o preço da banana teve reajuste de 20%.
 




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