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Indústria de bomba de água investe em fábrica na região

Empresa com sede em S.Bernardo conclui aporte de R$ 3,3 mi no País para nacionalizar produtos

Leone Farias
do Diário do Grande ABC
20/02/2014 | 07:07
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Andréa Iseki/DGABC


Com a perspectiva de ampliar a fabricação local de seus produtos, a multinacional dinamarquesa Grundfos, que é líder mundial em bombas de água, acaba de concluir investimento de 1 milhão de euros ou cerca de R$ 3,3 milhões (pela cotação de ontem) na sede da empresa no País, localizada em São Bernardo.

Os recursos foram alocados para a instalação de uma bancada de testes, que permitirá à subsidiária brasileira passar a produzir na região itens que atualmente vêm do Exterior.

Hoje, apenas um terço do faturamento provém de linhas fabricadas no Grande ABC, que são para uso doméstico, para agricultura e também para sistemas de incêndio.

De acordo com o diretor geral da Grundfos do Brasil, Sandro Sandanelli, após esse passo importante – que era um requisito estabelecido pela matriz para o projeto de nacionalização de mais bombas –, a companhia começa a se preparar para fazer novos investimentos na fábrica. Apesar de os detalhes desse plano ainda não estarem definidos, ele adianta que deverá haver ampliação do quadro de funcionários. A empresa, que hoje opera apenas um turno e tem quadro bastante enxuto, já vem em processo de contratação. No ano passado, houve expansão de 25%, com a admissão de 30 pessoas. Hoje, há 150 empregados em São Bernardo.

RESULTADOS - No País, a companhia registrou faturamento da ordem de R$ 110 milhões em 2013, o que significou crescimento de 37,5% em relação aos números de 2012. O desempenho expressivo foi puxado pelo setor da construção, que é responsável por 38% das vendas, seguido pelas áreas industrial, com 25%, saneamento e distribuição (varejo), cada uma com 18% de participação.

Sandanelli destaca que grandes obras, como as da Copa do Mundo, e também a área imobiliária, ajudaram no resultado. A empresa forneceu equipamentos (bombas para irrigação e drenagem dos campos, sistemas de ar-condicionado e de combate a incêndio, por exemplo) para os 12 estádios que sediarão jogos do mundial de futebol, com negócios da ordem de R$ 4,5 milhões. “E, por mais que se discuta se há bolha imobiliária, há muitos projetos na construção civil”, assinala.

As perspectivas seguem promissoras, apesar de alguns indicadores que trazem preocupação, como a inflação e a taxa cambial (o dólar em relação ao real). Em relação ao câmbio, o executivo afirma que o problema maior é a oscilação, que dificulta às empresas seguirem adiante em projetos, sem uma definição de em que patamar a moeda norte-americana vai parar nos próximos meses.

Apesar disso, a Grundfos do Brasil projeta crescer 25% em vendas, na disputa por espaço no mercado nacional de bombas, estimado em R$ 1 bilhão por ano. Sandanelli revela que, nos próximos anos, há grandes projetos em que a empresa deve buscar participação, como a transposição do Rio São Francisco, e também obras para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.
 




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