Os brasileiros vão participar, pela terceira vez, de testes para uma vacina contra a Aids. Financiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, o estudo analisa a eficácia de um imunizante que, em macacos, conseguiu evitar ou retardar a infecção pelo HIV. O recrutamento dos 48 voluntários, realizado apenas no Rio e em São Paulo, já foi começou.

Produzida a partir de pedaços do adenovírus (vírus do resfriado comum) e do HIV, a vacina provoca uma resposta do sistema de defesa do organismo, que passa a reconhecer o vírus da Aids como invasor. A primeira fase da pesquisa em seres humanos apresentou resultados promissores, diz o coordenador dos testes do imunizante no Rio, o infectologista Mauro Schechter, do Laboratório de Pesquisas em Aids do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

"Durante a etapa inicial, quando foi testada a segurança do imunizante, nenhum dos voluntários teve efeitos colaterais graves", revelou, destacando que toda vacina ou medicamento produz algum efeito adverso. A pesquisa, realizada em cinco partes do mundo, está agora na segunda fase, na qual será testado a resposta imunológica à vacina.