Sindicato dos Metalúrgicos do ABC afirma
que conversas tiveram início em 2011
Em continuidade do processo de inclusão da fábrica de São Bernardo na linha de montagem global, que teve início em 2011, a Ford antecipou a contratação de 100 funcionários, prevista para o segundo semestre, para hoje.
Esse processo, negociado com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, já incluiu cerca de 300 trabalhadores na unidade da região, somando os 100 de hoje, desde o ano passado. No entanto, a nova centena atuará na linha de produção de pick-ups extra grandes da Série F.
A produção dos veículos da série F será reativada, tendo em vista que foi paralisada em 2011. Naquela época, a opção da montadora foi deixar de lado essas unidades por causa da mudança de padrão Euro 5, que é menos poluente e mais eficiente do que as tecnologias usadas anteriormente.
Agora, destacou o sindicato, a empresa pretende ligar as máquinas para tirar do forno o modelo F-350, que pode ser utilizado tanto como comercial leve quanto como carro de passeio, e o F-4000, mais conhecido por ser utilizado para transporte de carga.
“Todo esse processo já vem sendo negociado desde 2011”, garantiu o diretor administrativo da entidade Teonílio Monteiro da Costa, o Barba. Ele explicou que a produção do New Fiesta na unidade de São Bernardo, que teve início em março, e de caminhões extrapesados, também fizeram parte das negociações iniciadas em 2011.
“Dialogamos com a Ford na época sobre o fato de que as plataformas fabricadas por aqui deveriam ser globalizadas. E a reativação da série F fez parte de mais uma discussão de que seria interessante para a empresa”, explicou Barba.
O sindicalista destacou ainda que há a previsão de mais contratações até o meio do ano. “Mas eu não sei precisar se serão 50, 20 ou 100”, disse, ao lembrar que foi um dos coordenadores das negociações, em 2011, com a Ford.
SEM ACORDO - Quanto às negociações com a Karmann Ghia sobre encontrar alternativa para manter os empregos de cerca de 100 funcionários da empresa que até dezembro faziam peças para as linhas de montagem da Kombi e do Gol G4, ambos da Volkswagen, o sindicato informou que elas ainda não encerraram. Com o fim da produção da perua, a empresa entendeu que há excedente entre os seus 500 funcionários.
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