Mal tomou as rédeas do PT de São Bernardo, Brás Marinho (PT) já provoca polêmica. Deliberações administrativas promovidas pelo novo comandante da sigla têm causado estranheza na militância. Entre as mudanças promovidas está um seminário de planejamento da executiva municipal.

Brás estuda mudar o horário das reuniões do diretório e desenvolver calendário de atividades que coincida com as atividades promovidas pela Prefeitura, governada por seu irmão, Luiz Marinho (PT), que se dedicou pessoalmente para sua vitória no PED (Processo de Eleição Interna). Procurado, o presidente não retornou aos contatos do Diário.

Desde que o nome de Brás foi apresentado para comandar o PT, petistas reclamaram da atuação do chefe do Executivo. Na época, o líder do Paço cobrou participação dos correligionários no pleito a favor do irmão. Com Brás no comando do PT, Marinho dá as cartas, analisam alguns petistas.

A atitude do presidente municipal vai na contramão do discurso de independência ao Paço, defendido por ele durante o pleito interno. Brás recebeu 1.466 votos dos 2.115 computados.

Além da gestão da sigla, o presidente terá de lidar com o racha no diretório protagonizado pela CNB (Construindo um Novo Brasil), ala majoritária na sigla, que conquistou 30 dos 44 assentos do diretório. A divisão é ocasionada pela sucessão de Luiz Marinho em 2016.

Há dois nomes liderando a bolsa de apostas para tentar manter o PT governando São Bernardo. De um lado está o presidente do São Bernardo Futebol Clube e pré-candidato a deputado estadual, Luiz Fernando Teixeira (PT). Do outro, o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli (PT). Ambos negam rivalidade. Corre por fora Arthur Chioro (PT), ministro da Saúde e ex-secretário da gestão Marinho.