Vereador reclama dos rumos do bloco e adota discurso de independência no Legislativo
Formado ano passado na Câmara de São Bernardo, o G-12 – grupo de 12 vereadores – teve a primeira baixa concretizada. Vice-presidente do Legislativo, Fábio Landi (PSD) deixou o bloco, relatando insatisfação.
“O grupo está rachado, com disputas internas, portando decidi sair”, disse o parlamentar, ao ressaltar que segue na base governista, mas agora terá postura independente na Casa. Procurado, o líder do G-12, Ramon Ramos (PDT), não foi localizado para comentar a deserção de Landi.
Recentemente, o grupo esteve perto de perder Gilberto França (PMDB) e Reginaldo Burguês (DEM), que voltaram atrás. Reunião entre os 11 remanescentes do grupo seria realizada ontem, mas não ocorreu.
A falta de encontros em 2014 foi o principal motivo das reclamações de França. Pré-candidato a deputado federal, ele não quer se indispor com os demais aliados, principalmente porque angaria apoiadores para sua empreitada eleitoral.
O G-12 surgiu com estardalhaço, questionado o tratamento recebido pelos parlamentares não petistas na Câmara. O alvo principal era o líder do governo, José Ferreira (PT), considerado pouco democrático.
A principal afronta contra a postura de Zé Ferreira foi o boicote à reunião da bancada governista em outubro, irritando o secretário de governo, José Albino (PT). O prefeito, Luiz Marinho (PT), teve de intervir para conter a insatisfação dos apoiadores.
Durante a sessão de quarta-feira, o bloco voltou a mostrar sinais de rebelião. Durante os trabalhos, Ramon Ramos, Roberto Palhinha (PTdoB), Antonio Cabrera (PSB), João Batista (PTB), José Alves da Silva, o Índio (PR), José Walter Tavares e Martins Martins (ambos do PCdoB) foram aos poucos deixando o plenário, situação que comprometeu o quórum para a votação de requerimentos ou projetos dos petistas, já que a única matéria do Executivo, de concessão de seis terrenos para a Secretaria Estadual de Segurança Pública, já havia sido aprovada.
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