A candidata à Prefeitura de Diadema pelo PSDB, Maridite Cristóvão de Oliveira, pretende investir na Guarda Civil Comunitária para combater a violência no município. Segundo dados da Secretaria do Estado de Segurança Pública, houve aumento de 35% dos assassinatos na cidade no primeiro semestre de 2012, na comparação com o mesmo período de 2011.

"Trabalho com a proposta da Guarda Civil Comunitária, que traz em si a essência das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras) do Rio de Janeiro, ou seja, a integração dos sistemas de vigilância com a comunidade", explicou Maridite. "Ela atuaria nos bairros por meio da conexão com os moradores, permitindo o conhecimento mútuo. Dessa forma, os guardas conheceriam os cidadãos e vice-versa."

A comunidade está inserida em mais de uma das propostas da tucana. "Pretendo trabalhar também com a sociedade organizada. Hoje nós temos três Consegs (Conselhos Comunitários de Segurança) na cidade. Eles podem ser ampliados e fortalecidos, e sua participação deve ser ativa."

A prefeiturável disse que pretende dar início à chamada Cultura de Paz em Diadema. "Trata-se de um conceito novo da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) que busca transformar a cultura da violência em uma cultura de paz", explicou Maridite. Na prática, a proposta consiste em trabalhar valores com a sociedade por meio da educação. "Esta mudança é algo que se dá a longo prazo, mas precisamos começá-la", disse.

Entre suas propostas estão ainda o investimento na inteligência policial, a fim de prevenir ocorrências, e a integração de diversos setores, "desde a vigilância patrimonial, à GCM (Guarda Civil Municipal) e às polícias Militar, Civil e particular". Esse último ponto, entretanto, está fora do âmbito municipal.

Maridite disse lamentar o crescimento do número de assassinatos e criticou a falta de ação do atual governo, encabeçado pelo candidato à reeleição, Mário Reali (PT). "Todo indicador que mostra o aumento da violência é realmente motivo de muita tristeza. Eu acho que se parou de investir nessa questão. É preciso um trabalho continuo."