Automóveis Titulo Combustível
Etanol ficará R$ 0,05
mais caro na bomba

Aumento é mais reflexo do forte calor, que reduz a
oferta de combustível enquanto a demanda cresce

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
14/02/2014 | 07:07
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Arquivo DGABC


O litro do etanol ficará mais caro entre sexta-feira e sábado nos postos da região. Ontem, o Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Grande ABC) avisou sobre o incremento médio de 3%, ou R$ 0,05. O aumento é mais um reflexo do forte calor, que reduz a oferta de combustível ao mesmo tempo em que a demanda cresce, justamente porque o tempo quente estimula as pessoas a circularem mais. Nesta semana, no Grande ABC, a procura subiu em torno de 15%, o que favorece ainda mais a elevação dos preços.

Segundo o presidente da entidade, Wagner de Souza, a distribuidora Ipiranga aumentou em R$ 0,07 o litro do biocombustível e em R$ 0,03 o do derivado fóssil para os revendedores. Já a Shell subiu entre R$ 0,04 e R$ 0,05 o etanol e R$ 0,02 a gasolina. “A Petrobras Distribuidora deverá elevar também em R$ 0,05 (etanol) e R$ 0,02 (gasolina)”, disse ele. A companhia não comentou o assunto.

Segundo último levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), até o dia 8 o litro da gasolina tinha preço médio de R$ 2,81 no Grande ABC. O etanol estava sendo vendido a R$ 1,91 e, portanto, deverá saltar para R$ 1,96.

Mesmo assim, para quem utiliza veículo bicombustível, o derivado de cana-de-açúcar vai continuar vantajoso. Ficará R$ 0,01 mais barato do que a quantidade da gasolina (700 ml) que proporciona o mesmo poder calorífico ao motor de um litro de etanol.

“Para a gasolina, os revendedores vão absorver o reajuste (até porque em novembro houve alta de 4%). Mas, no caso do etanol, temos uma margem muito pequena, então provavelmente será repassado”, disse Souza. Ele criticou ainda a falta de controle nos preços do biocombustível por parte do governo federal.

Isso porque, segundo o Regran, as distribuidoras informaram à entidade que o aumento do etanol é devido à seca, que prejudicou a safra de cana-de-açúcar e as usinas teriam expandido o preço.

O Sindicato das Distribuidoras de Combustível não confirmou a informação. Mas destacou que a precificação é livre, e que não tem como função acompanhar os preços, responsabilidade da ANP. A Unica (União das Indústrias de Cana-de-Açúcar) não tinha porta-voz disponível, ontem, para explicar se houve, realmente, impacto da seca na produção. 




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