O primeiro secretário do PMN de Diadema, André Oliveira, afirmou ontem que vai pedir a saída do presidente da sigla, Silvino Roque Neto, para Thelma Zayra, secretária da estadual peemenista. A solicitação ocorre após Roque Neto ter sido flagrado em atividade de campanha da candidata à Prefeitura pelo PSDB, Maridite Cristóvão de Oliveira, no domingo, na Vila Paulina. O PMN, no entanto, conta com Edvan Rodrigues de Souza, o Buiú, como postulante ao Paço.
"A atitude dele (Roque Neto) mostra que não tem capacidade de presidir o partido. Ele teria que fazer panfletagem para o seu candidato, e não para o adversário", disse Oliveira. "Isso mostra que ele é infiel e antipartidário, e quem é infiel deve ser tirado do partido."
Segundo o secretário, algumas lideranças do PMN entrarão em contato com Thelma até, no máximo, amanhã. "Vamos mostrar a matéria feita pelo Diário e pedir que ela exonere Silvino Roque Neto", assegurou Oliveira, que disse estar muito chateado com a postura adotada pelo presidente da sigla.
Procurado, Roque Neto rebateu as acusações. "Eu estava fazendo panfletagem com o pessoal do PMN para uma de nossas vereadoras. Encontrei com Maridite por acaso e, como conheço todo mundo do PSDB, fiquei conversando com eles", disse. "Não fiz panfletagem para a Maridite. Ela seguiu um roteiro e eu segui outro. Apenas tenho amizade com ela, com o José Augusto (da Silva Ramos, ex-deputado e candidato a vereador pelo PSDB) e com o José Dourado (presidente do PSDB de Diadema). Isso não significa que eu estou fazendo campanha para ela", justificou.
Apesar das explicações, o dirigente peemenista nunca escondeu sua predileção em apoiar José Augusto. Ele costurou indicação de vice do PMN à chapa tucana, que a princípio seria encabeçada pelo ex-deputado. O acordo, no entanto, não se concretizou porque a direção estadual do PMN manteve a candidatura de Buiú.
Roque Neto aceitou a empreitada solo e indicou o vice para Buiú: Edvaldo Cavalcante Nobre, primo de sua mulher, Zilda Nobre. Edvaldo, porém, teve o registro negado. A cúpula do partido definiu então um novo vice, que seria José de Assis Moraes, o Morati, mas Roque Neto pediu a impugnação do empresário alegando infidelidade partidária, já que Morati trabalhava para outros partidos.
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