Poucos minutos antes de iniciar a sessão legislativa de Santo André, às 15h, faltou energia em boa parte da região central da cidade, afetando, inclusive, os prédios da Prefeitura e da Câmara. Apagão total. Funcionários da Casa ligaram gerador, que aguentou por curto espaço de tempo. Nesse período, os vereadores resolveram dar celeridade aos trabalhos, fazendo sessão relâmpago. Às 15h30, a atuação no plenário foi encerrada. Não havia previsão de retorno da luz, que só voltou perto das 17h.

Nessa meia hora, os parlamentares, por acordo, suspenderam o pequeno e grande expedientes e mantiveram o veto do prefeito Carlos Grana (PT) ao projeto que cria o Parlamento Mirim no município, de iniciativa da vereadora governista Bete Siraque (PT). O item estava sobrestando a ordem do dia, por isso caso a sessão fosse cancelada trancaria novamente a pauta na sessão de quinta-feira, tornando-se item único de votação.

Com a abertura da pauta foi possível aprovar requerimento de prorrogação de prazo da CPI da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) por mais 60 dias. O limite de tempo para investigação venceria hoje, se não houvesse o crivo favorável do Legislativo. Caso contrário, na sessão de amanhã a comissão estaria extinta. “Sem a votação do requerimento haveria esse problema”, afirmou o presidente da Casa, Donizeti Pereira (PV).

O verde argumentou que tentou usar todos os métodos possíveis, só que não havia condições de continuar a sessão nos moldes convencionais. “Um dos problemas era a imagem. Sem isso o setor de taquigrafia não consegue fazer a ata da sessão. Não fica nenhum tipo de registro”, disse Donizeti, alegando que outro empecilho era o calor intenso dentro do plenário por conta da impossibilidade de usar o ar-condicionado.

EXECUTIVO
O Paço protocolará entre hoje e amanhã projeto do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) que permite a concessão de desconto de 30% para quem reduzir em mais de 20% o seu consumo de água. O abatimento será dado sobre o valor do uso médio dos últimos seis meses. O benefício valerá até maio. “Temos urgência. Até porque a ideia é vigorar já na próxima conta”, disse o secretário de Relações Institucionais, Tiago Nogueira (PT). A proposta é semelhante à da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).