Pedro de Melo, 8 anos, de Diadema, começou no piano há dois anos e já sabe tocar bem. Ao sentar em frente ao instrumento, posiciona as mãos entre as teclas brancas e pretas e começa a tocar uma das canções que mais gosta: Marcha Soldado. Como qualquer aluno de música, é apaixonado pelo assunto e quer ser profissional.
A deficiência visual do garoto nunca o impediu de se aproximar da arte. "Também toco chocalho, pandeiro, tambor e quero aprender violão", explica Pedro, que tem aulas de música no Instituto de Cegos Padre Chico, em São Paulo. As amigas Pâmela do Carmo, 8, e Mell Rodrigues, 7, cantam no coral do Instituto. "Quero ser cantora de música infantil", conta Pâmela, que também toca piano. A amiga quer aprender flauta. "Acho o som lindo". Os três aprendem as notas com os ouvidos e as mãos. Por isso, desenvolvem mais o tato e audição do que quem enxerga.
O deficiente visual pode tocar qualquer instrumento. Para facilitar, há vários materiais em braille (sistema de leitura com o tato) como partituras, máquinas de escrever, impressora e computador. "Existem dicas e procedimentos para que todos possam ter igualdade de condições ao aprender música", explica Isabel Bertevelli, educadora musical do Instituto.
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