Política Titulo Substituição
Prefeitos comparecem em
peso para posse de Chioro

Na região, somente Grana, de Santo André, não
desembarcou em Brasília para posse de ministro

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
04/02/2014 | 07:26
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Da ABr


Seis prefeitos do Grande ABC desembarcaram ontem em Brasília para acompanhar a cerimônia de posse do novo ministro da Saúde, Arthur Chioro (PT), ex-secretário do setor em São Bernardo. O petista assumiu o posto em substituição a Alexandre Padilha (PT), integrando o time do primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff (PT), que disputará a reeleição em outubro. Na região, apenas o chefe do Executivo de Santo André, Carlos Grana (PT), não compareceu ao evento de transmissão de cargo.

Luiz Marinho (PT, São Bernardo), Paulo Pinheiro (PMDB, São Caetano), Lauro Michels (PV, Diadema), Donisete Braga (PT, Mauá), Saulo Benevides (PMDB, Ribeirão Pires) e Gabriel Maranhão (PSDB, Rio Grande da Serra) marcaram presença no ato que deu início à reforma ministerial. Junto com Chioro, trocaram de função Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Henrique Paim (Educação).

A caravana de prefeitos do Grande ABC usou da política da boa vizinhança para prestigiar a posse do ex-secretário. Donisete destacou que a região tem potencial para ser privilegiada com a mudança. “Será ganho extraordinário. São pessoas técnicas que conhecem as demandas das sete cidades”, disse o chefe do Executivo mauaense, inserindo nesse contexto o nome de Lumena Furtado, que deixa o comando da Pasta de Saúde mauaense para ser assessora especial de Chioro no ministério.

Donisete elencou conjunto de recursos do governo federal liberados recentemente para Mauá na área da Saúde, apostando em relação de proximidade com a União. “Foram R$ 23 milhões para reforma do Hospital de Clínicas Radamés Nardini. Além disso, a cidade foi selecionada para apresentar documentação e obter faculdade de Medicina”, mencionou o petista, referindo-se à verba assinada ainda na época de Padilha, que saiu do ministério para ser candidato ao governo do Estado de São Paulo.

Embora seja de partido oposicionista, Maranhão era só elogios a Chioro, afirmando que o novo ministro ajudou a intermediar na autorização de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) para Rio Grande. Em contrapartida, o tucano alegou que ontem “não era dia para fazer pleitos”. Saulo emendou que “a posse de importantes quadros da região” deve favorecer reivindicações locais.

Lauro, por sua vez, permaneceu na Capital Federal para audiência com Chioro, que atuou no ministério entre 2003 e 2005 como diretor do Departamento de Atenção Especializada. O verde tenta destravar o imbróglio do terreno para construção da UPA no bairro Piraporinha e ampliar a participação no programa Mais Médicos. Atualmente, apenas um profissional atua no município – ele pleiteia 45 médicos.

Dilma fala em calendário da democracia

A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que chega ao quarto ano do seu mandato “seguindo as diretrizes” que foram propostas durante a sua campanha, em 2010, e “desde a sua posse”. De acordo com a presidente, que deu posse ontem a quatro ministros e inaugurou a primeira etapa da reforma ministerial que prepara para este ano, os objetivos propostos foram “manter os fundamentos macroeconômicos, com crescimento da economia”, a manutenção do processo de inclusão social inaugurado com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, e manter o País na “liderança” da redução do processo de desigualdade do mundo.

“Um dos outros princípios que nos nortearam foi a expansão, a garantia e a expansão da nossa solidez democrática,conquistada por nós a duras penas”, disse a presidente. “O respeito integral aos demais poderes, aos movimentos sociais, às demandas da população.”
Segundo a presidente, “2014 será ainda melhor do que 2013”. Dilma disse que a missão do governo é continuar garantindo direitos e implementar as políticas públicas para que cada brasileiro, com o esforço próprio, com o apoio de programas sociais persista “progredindo”.

Afirmou que as substituições “fazem parte do calendário da democracia”. “Persistiremos trabalhando para garantir a execução de todos os programas e o cumprimento de todas as metas que propusemos para este ano”, destacou ela. “As mudanças nos ministérios são numa democracia inevitáveis, principalmente em alguns momentos”, frisou.

Dilma disse que “alguns dos nossos ministros” decidiram buscar, por meio das urnas, novas tarefas. Ela citou os demissionários Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, da Saúde. “Desejo muito sucesso na sua caminhada”, afirmou ela, após palmas.

A presidente agradeceu à “excelente condução” de Gleisi na Casa Civil, citando a coordenação dela em ações do governo e o programa de concessões. Ela também deu seus “sinceros e calorosos” agradecimentos a Padilha. (da AE)
 




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