Política Titulo Processo
Padaria foi desabilitada por falta de nota fiscal, diz Vicentinho

Secretário de Administração de Ribeirão explica licitação para fornecimento de merenda escolar

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
04/02/2014 | 07:16
Compartilhar notícia
Nario Barbosa/DGABC


O secretário de Administração e Modernização de Ribeirão Pires, José Vicente de Abreu, o Vicentinho (PTN), afirmou que a padaria Empório dos Pães foi desabilitada da licitação da merenda escolar por não apresentar notas fiscais que comprovassem a prestação do serviço.

O comércio havia apresentado o melhor preço pelo fornecimento de gêneros alimentícios para a rede municipal: R$ 6,8 milhões por ano. Porém, a competência alegada em dois atestados não foi comprovada na análise documental. A Prefeitura solicitou cópias de notas fiscais que comprovassem a venda dos insumos para as empresas que assinaram as certidões de capacidade técnica, porém, as notas não foram apresentadas. A empresa também não tinha a CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) compatível com o objeto da licitação e a certidão de concordata e falência, exigida no edital.

O secretário admitiu que ficou surpreso ao perceber que a Empório dos Pães era uma das participantes. “Achei que o Ricardo (Luiz Rabelo, proprietário do estabelecimento) não deveria participar. Pelo conhecimento que tinha do edital e por conhecê-lo, achei que a padaria não teria capacidade. Não sabia que ele ia concorrer”, declarou.

Apesar de admitir que a oferta da padaria era vantajosa – estava R$ 200 mil abaixo da média feita pelo Paço –, o comandante da Pasta explicou que resolveu pedir mais documentos para garantir que o fornecimento não seria prejudicado. “Suspendi a licitação para ver se ele tinha a capacidade de fazer as entregas, além de realizar uma diligência na empresa dele”, relatou Vicentinho.

Com a Empório desabilitada, as três licitantes voltaram para a mesa de negociação. A CCM – Comercial Creme Marfim ofereceu R$ 7,4 milhões por ano, o valor mais baixo dessa nova fase do pregão. A empresa está com a documentação em dia e agora entregará as amostras dos alimentos ao CAE (Conselho de Alimentação Escolar). Se os insumos forem aprovados, a empresa será declarada vencedora. O Paço informou que tem estoque para servir merenda de dez a 15 dias.

RACHA
A licitação causou mal-estar dentro da administração Saulo Benevides (PMDB). A vice-prefeita e secretária de Educação, Leo da Apraespi (PSC), pediu, na semana passada, o cancelamento do certame alegando que havia solicitado entrega centralizada e não de ponto em ponto, como está no edital, pois a medida encarece o serviço. “Ela teve todo o ano passado para mandar o formato da licitação e depois de lançado o edital solicita a paralisação. A entrega pedida por eles foi de ponto em ponto. Tanto que eles mandaram a lista dos locais de entrega”, sustentou Vicentinho.

A Prefeitura afirmou que as regras da concorrência foram baseadas no estudo técnico feito pela Pasta, que protocolou pedido de suspensão da licitação para mudar o estilo de entrega no dia 26 de dezembro, uma semana antes da abertura dos envelopes, em 3 de janeiro. O governo alegou que não havia tempo hábil para paralisar a concorrência e seguiu com o processo, fato que irritou Leo e culminou no pedido de cancelamento.
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;