Economia Titulo Nossas empresas
Giuliana Flores planeja
atingir R$ 25 milhões

Com 130 funcionários, empresa de São Caetano
divide a liderança nacional na venda pela internet

Andréa Ciaffone
Do Diário do Grande ABC
03/02/2014 | 07:41
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Celso Luiz/DGABC


Enquanto segurava uma escada para a colocação de uma placa de aluga-se, o paulistano Clóvis Souza, então com 19 anos, percebeu que na Rua Monte Alegre, em São Caetano, o tráfego era intenso, e comentou com o amigo que pregava o anúncio que o local daria um bom ponto comercial. A tarefa nem foi concluída. Eles foram à imobiliária e a empresa começou a se formar. Quando o contador perguntou qual seria o nome da empresa, Souza, sem pensar muito, escolheu Giuliana Flores, em homenagem à sua namorada da época, com quem estava desde os 16 anos.

A paixão pelo ramo começou cedo. Como sua mãe não tinha com quem o deixá-lo enquanto trabalhava, e moravam em cima de uma floricultura, ele passava as tardes no estabelecimento aprendendo o ofício.

Tempos depois o namoro acabou, mas a marca ficou, e a empresa que funciona em São Caetano há 23 anos, graças à internet ganhou alcance nacional. “Hoje, no mundo on-line, só existe um outro competidor do mesmo porte”, diz o empresário, atualmente com 43 anos, que entrega cerca de 22 mil encomendas por mês, sendo 92% provenientes de pedidos feitos por meio eletrônico, e apenas 8% da loja física que evoluiu dos 38 m² do começo para os atuais 560 m².

DESABROCHANDO - A empresa tem hoje 130 funcionários e é um exemplo de logística eficiente. Os pedidos são feitos pelo site e montados em prédio próprio localizado na mesma rua são-caetanense. Na área de produção, além de freezers para as flores, que são conservadas a 5ºC, há embalagens temáticas diversas, bichos de pelúcia, chocolates, bolos da Amor aos Pedaços, garrafas de champagne e de espumante nacional de primeira linha, queijos, conservas finas e ainda louças temáticas. “Hoje não somos mais uma floricultura, somos uma loja de presentes”, define Souza, que cria pessoalmente os arranjos que são oferecidos no site e depois montados rigorosamente no padrão.

Outro aspecto do negócio que exige perfeição é o envio. Para isso, a Giuliana Flores conta com parceiros na área de entrega que atendem a região da Grande São Paulo no mesmo dia e outras localidades no Brasil afora em prazos de 24 ou 48 horas. Dos 5.000 CEPs atendidos, 63% são em São Paulo e 37% em outras regiões do Brasil, como Rio de Janeiro e Brasília. “Ser uma marca conhecida é fundamental na internet”, ensina. “Por isso, investimos 12% do faturamento em ações de marketing”, revela o empresário, que começou sua operação de vendas pela internet no ano 2000.

“Nos primeiros anos, chegamos a registrar índices de crescimento de 140%. Agora, o mercado já está mais maduro, e nos últimos anos estamos crescendo cerca de 35% ao ano.” Para 2014, a previsão oficial da empresa é atingir R$ 25 milhões de faturamento.

“Chegaremos a esse valor com crescimento de 25%”, diz Souza, que admite que o fato de o ano de 2014 ser atípico (com o Dia da Mulher na semana do Carnaval e a Copa do Mundo começando no Dia dos Namorados)faz com que a previsão seja mais conservadora. Lançada há cerca de um ano, a plataforma para pedidos feitos por celular tem registrado crescimento notável e hoje já representa 9% do negócio.


Franquias e ações em Bolsa podem estar no futuro da marca

Inquieto, o idealizador da Giuliana Flores, Clóvis Souza, está sempre ligado em formas de fazer o seu negócio florescer com esplendor ainda maior. Por isso, sempre atende os interessados em comprar partes ou investir na companhia. “Até agora não aconteceu de dar certo. Não quero um investidor que tente bloquear minha criatividade. Por isso, não cedo mais do que 35% da empresa nem, é claro, o controle administrativo”, diz Souza. “Mas sempre estou aberto a conversar”, garante.

A possibilidade de colocar ações na Bolsa de Valores também não está descartada. “Minha ideia é que a empresa esteja sempre com saúde perfeita, em condição de se tornar pública, mesmo que eu não tenha planos imediatos para isso”, afirma.

Já os planos de franquear a marca estão mais adiantados. “Tenho feito estudos e avaliado os formatos para fazer isso. Ainda não está definido exatamente como ou quando, mas é uma possibilidade que parece ser cada vez mais concreta”, revela.
 




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