Economia Titulo Indústria
Saab investirá US$ 150 mi
em fábrica em S.Bernardo

Cidade vai abrigar produção da estrutura do caça
Gripen, em parceria com a Inbra, da vizinha Mauá

Leone Farias
do Diário do Grande ABC
31/01/2014 | 07:07
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Marina Brandão/DGABC


A fabricante sueca de aeronaves Saab vai investir US$ 150 milhões para montar, em São Bernardo, fábrica de aeroestruturas (que devem incluir as asas e outras partes metálicas) dos caças Gripen NG (New Generation) que serão fornecidos à FAB (Força Aérea Brasileira) a partir de 2018.

A iniciativa, que será realizada em parceria com o grupo Inbra, de Mauá, deve gerar, pelo menos, cerca de 1.000 empregos diretos. O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, afirma que o número de contratações pode ser maior, já que o País pode ser plataforma de exportações do novo caça da Saab.

Segundo o presidente da Inbra, Jairo Candido, a fábrica será a primeira de nível um (ou seja, ligada à arquitetura final do avião) de caças em toda a América Latina.

As instalações da unidade fabril deverão ter 150 mil m² de construções, e ocupar parte de área de 530 mil m² do Parque Tecnológico de São Bernardo, localizado perto do acesso ao Rodoanel, nas proximidades da Rodovia dos Imigrantes, revela Candido. Ele acrescenta que a intenção é iniciar as obras já no primeiro semestre, e ter parte da produção de peças no fim do ano.

Parceira brasileira da Saab no projeto, a companhia de Mauá, por meio da divisão Inbra Aerospace, tem tradição de mais de 15 anos no segmento como fornecedor de peças, por exemplo, portas blindadas de aeronaves, para a Embraer. “Já temos experiência, mas não com esse grau de sofisticação (que os novos caças vão exigir)”, afirmou.

VITÓRIA - O investimento é parte de compromisso assumido pela Saab com a Prefeitura sãobernardense de ter unidade fabril no município se a companhia vencesse a concorrência com a norte-americana Boeing e a francesa Dassault para fornecimento dos jatos ao Brasil. A decisão do governo brasileiro, a favor dos suecos, foi anunciada em dezembro pela presidente Dilma Rousseff.

Foi uma vitória do prefeito Luiz Marinho, que há alguns anos manifestava junto ao governo federal que o projeto do país escandinavo era o melhor das três opções, por causa da possibilidade de transferência de tecnologia para as empresas nacionais e também porque o município ganharia fábrica de estruturas de aviões e poderia desenvolver cadeia de suprimentos de peças para aeronaves.

Em relação à escolha da cidade para instalar operações, o vice-presidente da Saab, Dan Jangblad, destacou que houve uma combinação de fatores que pesou nessa decisão, como a forte base industrial da região, que pode se diversificar para atender o segmento e o fato de a companhia já participar do Cisb (Centro de Inovação Sueco-Brasileiro), montado há dois anos em São Bernardo, com o apoio de Marinho. “Aqui nos sentimos em casa”, acrescentou.
 




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