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Na esperança de
superar a melancolia

Baseado em best-seller mundial, 'A Menina Que
Roubava Livros' promete lágrimas nos cinemas

Luís Felipe Soares
31/01/2014 | 07:10
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Divulgação


Os dramas da Segunda Guerra Mundial sempre rendem histórias repletas de carga emocional. Em um ambiente no qual o mundo talvez tenha vivenciado o auge da desolação, há muito para se explorar além da ação dos combates. São com essas possibilidades sentimentais que o escritor australiano Marcus Zusak lançou em 2005 o romance 'A Menina Que Roubava Livros', que não demorou para se transformar em um best-seller mundial.

Claro que o sucesso do livro chamou a atenção de Hollywood e sua versão para as telonas chega hoje às salas brasileiras. O longa-metragem acompanha a vida da pequena Liesel (Sophie Nélisse), recém-adotada pelo casal Hans (Geoffrey Rush, sempre competente) e Rosa (Emily Watson). Ela acaba de perder a família e, com a ajuda do amoroso novo patriarca, descobre a paixão pela leitura. O universo de palavras e a possibilidade de se jogar em outras realidades funciona como válvula de escape para que a garotinha esqueça os problemas que a envolvem, como a falta de comida em casa e a ida de entes queridos para a guerra.

Mas não só do furto de livros vive o roteiro. Como outros filmes do gênero, caso da também adaptação 'O Menino do Pijama Listrado' (2008) – e com o qual parte do público deve comparar o trabalho do diretor Brian Percival (com carreira no comando de séries, entre elas a elogiada 'Downton Abbey') – a ideia é apresentar os dramas da Segunda Grande Guerra de um ângulo mais humano.

Liesel compreende a importância de Hitler para a Alemanha onde mora, mas não tem ideia do que uma simples resposta torta para um soldado pode custar. A chegada de um inesperado visitante à sua residência na calada da noite aflora seu amor pelo próximo e pelos romances que devora. Neste conto onde a morte observa tudo, a Rua Paraíso é melancólica. Não espere sair da sala com lágrimas de alegria. A tristeza carrega o filme desde o início.




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