Esportes Titulo Rivalidade
Ramalhão e Tigre fazem
papelão em Lindoia

Amistoso entre as equipes é encerrado
antes do tempo após confusão generalizada

Dérek Bittencourt
11/01/2014 | 08:41
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Orlando Filho/DGABC


O que era para ser um amistoso entre São Bernardo e Santo André, preparatório para as equipes visando as disputas do Paulistão e da Série A-2 – respectivamente –, terminou em confusão, ontem pela manhã, em Águas de Lindoia. Desentendimento entre os volantes Edson e Ramalho iniciou empurra-empurra generalizado entre atletas, integrantes das comissões técnicas e diretorias dos clubes, resultando na entrada da turma do ‘deixa disso’ para apaziguar a situação, mas com muita discussão entre os mais exaltados. Resultado: a partida foi encerrada aos 29 minutos do primeiro tempo, com o placar ainda marcando 0 a 0.

Antes de a bola rolar, o clima era amigável. Diversos jogadores aproveitavam o reencontro com amigos e ex-companheiros para se cumprimentar e colocar o papo em dia, entre eles Bady, Renato Peixe e Micheal, que já passaram por um dos clubes, mas hoje defendem o vizinho. 

No entanto, a partir do apito inicial, o clima começou a mudar. Nos primeiros minutos, os times até estavam se importando mais com a bola, buscando o gol. As jogadas do Tigre passavam por Bady, enquanto as ramalhinas buscavam Nunes e Müller Fernandes.

Mas, com o passar do tempo, o ambiente amigável foi deixado de lado. Muita reclamação com a arbitragem, entradas mais duras e, no lance crucial, um desentendimento entre Edson e Ramalho – o primeiro empurrou, enquanto o segundo desferiu um pisão – iniciaram bate-boca e empurra- empurra. O atacante ramalhino Nunes e o goleiro aurinegro Wilson Júnior se mostravam os mais nervosos e precisaram ser contidos. 

Para dar sequência ao jogo, a diretoria do Tigre exigiu que Júnior Paulista e Nunes saíssem do jogo. O Santo André, por sua vez, manteve a escalação inicial. Consequentemente, em razão da negativa, os jogadores do São Bernardo deixaram o campo e se transferiram para outro local, para atividade física, enquanto o elenco do Ramalhão pegou seus pertences e voltou para a cidade mineira de Jacutinga.

“Nós queríamos continuar, mas o São Bernardo não quis. O Santo André é clube de respeito, de camisa e quem manda aqui é a diretoria, o presidente e a comissão técnica. De proveitoso não tiramos absolutamente nada. A rivalidade tem que existir, mas só até certo ponto”, esbravejou o assessor da presidência ramalhina, Carlito Arini. 

“Nós realmente pedimos que se quisessem continuar, não queríamos que aqueles dois jogadores permanecessem em campo. Não estamos aqui para agredir ou ser agredidos, enquanto alguns atletas do Santo André não vieram para treinar, mas para agredir. Ficamos preocupados com a integridade física dos nossos jogadores. Se (o Gian) acertasse o carrinho no Bady, o tirava um ano de campo”, explicou o presidente do Tigre, Luiz Fernando Teixeira.

A uma semana da estreia no Paulistão, o São Bernardo sentiu-se mais prejudicado com o término precoce da atividade. “Só temos a lamentar. Estrearemos no dia 18 e precisávamos deste treino. O prejuízo para nós é grande.

Edson (Boaro, treinador) está fechando o time, tem algumas dúvidas e não conseguiu concluir o treinamento”, argumentou o mandatário.

O Ramalhão, por sua vez, também não gostou da forma como o jogo se encerrou. Mas, segundo os jogadores, pôde carregar um fator importante dos acontecimentos de ontem. “Temos de manter esse espírito para o campeonato. Mostrou que todos estão querendo”, destacou o zagueiro Jonas. “São coisas que acontecem. Temos amizades, mas no calor da partida ninguém quer perder”, disse o volante Ramalho.

O São Bernardo foi a campo com Wilson Júnior; Rafael Cruz, Luciano Castán, Fernando Lombardi e Eduardo; Marino, Daniel Pereira, Edson e Bady; Careca e Márcio Diogo. Já o Santo André estava escalado com Saulo; Gian, Jonas, Júnior Paulista e Alisson; Marcinho Guerreiro, Diogo Orlando, Ramalho e Micheal; Müller Fernandes e Nunes.




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