Inspirado pelas histórias que ouvia pequeno e pelo que viveu, Galo Preto tem na manga muitos causos, que devem conduzir o show que faz neste sábado, 11, no Sesc Belenzinho.
Do dia em que nasceu, conta: "Minha mãe estava no ?sono do parto?, e eu fiquei num quarto com ela. Quando a parteira veio me procurar, eu tinha sumido. Pensaram que algum bicho tinha me comido, ficaram doidos. Foram meus irmãos que saíram comigo recém-nascido e me levaram pro gramado do lado de fora de casa, onde tinha uma cabra. Eles me deram de mamar pela primeira vez numa cabra!", conta, rindo.
Há também episódios tristes. O pior deles foi quando sofreu "uma rasteira" e passou mais de dois anos preso sob acusação de chefiar um grupo de matadores, sem que houvesse provas contra ele. "Eu não entendo nada de justiça. Quando procurei o juiz, ele já tinha dado a sentença. Tive que aguardar júri, mas não havia nenhuma prova, nenhuma testemunha contra mim. Tanto que logo depois da primeira sessão, já fui liberado", diz. A prisão ocorreu, segundo ele, por conta de disputas políticas.
No período, compôs um samba para a sua primeira mulher, que o visitou todos os domingos no quartel em que foi preso, por ser reformado no exército: "Dia de visita, quando dá duas horas / Ela está no portão / Quando o sargento abre a cela eu vejo ela entrar de sacola na mão / Me alegra e me anima / Sua presença é tudo para mim / E agora eu pergunto a Deus desses sofrimentos meus / Quando vai chegar ao fim".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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