Economia Titulo Consumo
Ofertas não atraem consumidores na região

Mercados anunciam promoções de itens sazonais de
Natal, mas áreas reservadas são as menos visitadas

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
30/12/2013 | 07:03
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Celso Luiz/DGABC


A época é de saldões nos supermercados. As redes varejistas anunciaram que vários itens entraram em promoções depois do Natal. Mas, no Grande ABC, os consumidores pareciam insatisfeitos com as ofertas anunciadas para os produtos sazonais, que teoricamente já entraram na lista de escoamento de estoque das varejistas.

A equipe do Diário percorreu os corredores de lojas das redes Extra, Carrefour, Coop e Walmart na região, ontem, durante a tarde. As áreas reservadas para panetones, chesters, tenders e espumantes não atraiam os clientes da mesma maneira como as gôndolas dos itens triviais, não relacionados ao Natal. Isso ocorria mesmo com cartazes destacando a palavra ‘oferta’ e anúncios pelas rádios internas dos estabelecimentos de promoções.

“Eu sempre deixo de comprar melão. Mas, desta vez, eu comprei porque achei que o preço estava barato. O resto, porém, mesmo os produtos que eles anunciam como oferta, estava com o preço igual”, disse a cabeleireira Cristina Batista, 39 anos.

Ela é moradora de São Caetano. Mas estava saindo do estacionamento de um supermercado em Santo André para pesquisar preços em outros dois estabelecimentos na região. “Para não falar que está tudo com preço igual, eu achei que o valor do panetone começou a cair”, acrescentou Cristina.

A pesquisa de Natal da Craisa (Companhia de Abastecimento Integrado de Santo André), publicada dias antes da data comemorativa, captou que o preço médio dos panetones das marcas Bauducco e Visconti, de 500 gramas, era de R$ 11,98 nos supermercados da região.

Com base no levantamento realizado pela equipe do Diário ontem, a média era de R$ 11,64, redução de 2% ao emparelhar os dois recortes.

Na mesma esteira, o chester Perdigão teve diminuição média de 29% na relação entre as duas pesquisas. A ave congelada passou de R$ 12,65 o quilo para R$ 8,98, em média. Para o peru, cuja média das marcas Sadia e Perdigão era de R$ 12,96, o decréscimo atingiu 30%, para R$ 8,96 o quilo. O problema é que o consumidor acaba se assustando com os preços finais dessas peças, tendo em vista que elas ultrapassam os dois quilos.

Por outro lado, o tender das marcas Perdigão, Sadia e Seara teve incremento de 11% no preço do quilo, passando de R$ 31,72 para R$ 35,23, em média. E a sidra Cereser, alta de 0,2%, de R$ 6,67 para R$ 6,69.

Em matéria publicada no Diário na véspera de Natal, casal de aposentados comemorou o quilo da cereja fresca por R$ 15. Mas, ontem, a média nos estabelecimentos era de R$ 32,40.

O gerente de vendas andreense Samuel de Araújo, 30, ficou insatisfeito com o que encontrou as ofertas do supermercado. “Nada está com preço bom”, disse.
 




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