Depois de realizar agenda no Grande ABC, o presidente estadual do PPS, Davi Zaia, defendeu o nome da ex-senadora Marina Silva (PSB) para compor a chapa majoritária de Eduardo Campos (PSB) como vice à Presidência da República. Há exatos sete dias, a direção nacional popular-socialista fechou acordo para apoiar a candidatura do governador de Pernambuco ao Palácio do Planalto. “Não vamos disputar o posto de vice, tendo a Marina disposição de ser a candidata (ao cargo).”

Zaia afirmou que, quando houve a conversa com o PSB para formalizar o pacto para a eleição presidencial, o PPS expôs internamente que caso a ex-senadora “se dispuser e mantiver a vontade de ser a candidata a vice a vaga é dela”. “Agora, se houver outro espaço para discussão, o partido vai participar da discussão como parceiro”, disse o dirigente, ao lembrar da passagem na qual a cúpula ofereceu a possibilidade de Marina entrar na briga pela sucessão de Dilma Rousseff (PT), em 2014.

O PPS definiu por aderir à campanha do socialista por considerá-la ‘a melhor opção em oposição’ ao projeto de reeleição da petista. Junto com o PSDB e DEM, a sigla se colocou na raia oposta ao governo federal desde o governo Lula (PT, 2003-2010). “A candidatura do Eduardo oferece chance importante de se construir alternativa nova para que possamos enfrentar as eleições. Neste sentido fizemos essa indicação de caminhar com o PSB, o que deve ser formalizado em março, nas convenções.”

Na esfera paulista, Zaia já sinalizou que a legenda decidiu manter aliança com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que buscará a reeleição. Segundo ele, o PSB também está próximo de fechar essa parceria com o tucano – a direção socialista tenta emplacar o deputado Márcio França como vice na chapa governista. “O fato de o PPS marchar junto com Eduardo (presidente nacional do PSB) nos credencia a opinar fortemente no que ele deve fazer em São Paulo.” Marina articula candidatura própria.

O mandatário do PPS esteve na região na semana passada para vistoria técnica nas unidades em construção do Poupatempo de serviços, equipamento do governo do Estado, do qual integra o primeiro escalão como secretário de Gestão Pública, Pasta que administra o funcionamento dos espaços.