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Como cresce o cabelo?

Para manter as madeixas saudáveis, tem de tomar banho morno e se alimentar bem

Caroline Ropero
Do Diário do Grande ABC
15/12/2013 | 07:00
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O cabelo é tipo de pelo mais grosso e comprido que protege o couro cabeludo. É produzido por células chamadas queratinócitos, encontradas no bulbo capilar, que fica dentro do folículo piloso (buraquinho na pele de onde os fios saem).

É composto principalmente por queratina (tipo de proteína). Conforme as células do cabelo são fabricadas no bulbo (raiz), empurram as que já existem, fazendo o cabelo crescer, em média, 1 cm por mês.

Temos cerca de 100 mil fios. Cada um pode ficar na cabeça por oito anos. Quando cai, dá espaço para o desenvolvimento de um novo. Com os anos, alguns queratinócitos param de funcionar, deixando o cabelo fraco ou com muitas quedas.

O mesmo ocorre com os melanócitos (células que fabricam melanina, pigmento que dá cor aos fios). Ao longo do tempo, sua produção também diminui, tornando a cabeleira branca.

  

ESTRUTURA - O fio é composto por três camadas. A medula fica no centro e pode estar vazia ou preenchida por queratina. Em volta dela há o córtex (parte mais grossa), formado por melanina e outras substâncias. A cutícula é a camada mais externa, transparente, que protege o cabelo do sol, chuva e poluição. Pode ser danificada pelo uso do secador, chapinha e produtos químicos.

CUIDADOS - O ideal é tomar banho morno. Quando a água está muito quente resseca as madeixas e aumenta a oleosidade do couro cabeludo. Indica-se usar xampu e condicionador para seu tipo de cabelo. Lembre-se de enxaguar bem, pois os resíduos podem causar descamação da pele e coceira.

Para manter o bom desenvolvimento dos fios é importante penteá-los sempre. Além disso, tem de manter hábitos alimentares saudáveis. Comer frutas, verduras e legumes ajuda a deixar a cabeleira bonita. Se notar mudanças estranhas na cabeça ou queda exagerada de cabelo, procure o médico.

Química e chapinha fazem mal aos fios

Durante a infância, não se pode passar tinta, fazer escova progressiva ou qualquer outro tratamento com substâncias químicas. Nessa fase da vida, os fios e a pele são mais sensíveis. Por isso, há mais risco de esses produtos causarem alergias, feridas, queda de cabelo e até problemas respiratórios.

Em 2009, uma garota de 11 anos, de Sorocaba, fez alisamento e se machucou. Perdeu partes do cabelo, queimou o couro cabeludo e sofreu intoxicação. Casos como esse acontecem com frequência. 

Em 2004, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) informou que o formol, substância usada para alisar o cabelo, pode causar câncer. Ataca o fígado, traqueia, laringe, faringe, nariz e boca. Por esse motivo, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a venda no País. Mesmo assim, há quem descumpra a lei e misture o formol em outros produtos.

Chapinha e secador também devem ser evitados na infância, pois danificam a estrutura dos fios. Se quiser deixar madeixas coloridas, dá para usar spray próprio para a cabeleira, que sai ao lavar. Existem ainda mechas que podem ser presas com presilhas.

Consultoria de Jefferson Alfredo de Barros, professor de Dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC.

Quem perguntou

Camilly Cordeiro Castello, 10 anos, de Santo André, aprendeu na escola sobre os pelos e ficou curiosa para saber como os cabelos crescem. A menina adora fazer tranças e penteados. “Já montei um salão de beleza de brincadeira com minhas amigas na escola. A gente fazia a unha, maquiagem e arrumava os cabelos umas das outras.” Quando era mais nova, ela cortou o cabelo de uma boneca. “Não entendia que não iria crescer.”




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