Economia Titulo Consumo
Comércio eletrônico cresce
217% com Black Friday

Data movimentou R$ 770 milhões; consumidores
precisam ficar atentos agora aos prazos de entrega

Tauana Marin
do Diário do Grande ABC
03/12/2013 | 07:07
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Denis Maciel/DGABC


O Black Friday foi mesmo um sucesso, e não apenas nas lojas do Grande ABC, mas também nos sites de venda. Em sua terceira edição no País, a sexta-feira de liquidações movimentou R$ 770 milhões em único dia. Para se ter ideia do quanto isso representa, o diretor-geral da E-bit (empresa especializada em informações do comércio eletrônico), Pedro Guasti, compara os resultados desta edição com as estatísticas norte-americanas.

“A Adobe Systems indica que, nos Estados Unidos, as vendas relacionadas à Black Friday movimentaram US$ 1,06 bilhão. O faturamento brasileiro, convertido em dólar, fica em torno de US$ 330 milhões, o que representa cerca de 30% da receita norte-americana.”

Segundo ele, os resultados obtidos na Black Friday superam até mesmo os mais otimistas e devem impactar no Natal. Na sexta-feira foram feitos 1,950 milhão de pedidos via internet, número cinco vezes maior se comparado a um dia normal, segundo a e-bit.

O tíquete médio das compras ficou em R$ 396. As categorias mais vendidas foram telefonia/celulares, eletrodomésticos, moda & acessórios, informática e eletrônicos, respectivamente.

De acordo com o balanço realizado pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico – camara-e.net –, o volume de transações efetuadas cresceu 78% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 429 milhões, enquanto o número de reclamações, segundo o site Reclame Aqui, aumentou cerca de 6%, somando 8.500.

“Esse percentual, na realidade, acaba sendo uma amostragem, já que muitas pessoas não registram a reclamação. Mas, o índice já é capaz de mostrar a falha existente nas empresas, sejam elas virtuais ou físicas. Por isso a importância em pesquisar bem sobre a empresa, principalmente a virtual, para saber se já há muitas reclamações formalizadas”, disse a advogada especializada em Direito do Consumidor e ex-diretora do Procon Santo André Ana Paula Satcheki.

ENTREGA - Uma das principais preocupações daqueles que compraram itens em promoção na Black Friday para dar de presente no Natal é quanto ao prazo de entrega. Ana Paula explica que, se o produto não chegar no tempo estimado, a pessoa não só pode como deve formalizar a reclamação.

O primeiro passo é procurar a loja (por meio do SAC, por exemplo). “Ao fazer a compra on-line, principalmente, a pessoa precisa ter consigo o tipo de promoção e os prazos que foram estipulados para entrega. Em seguida, se nada for resolvido, o cliente deve ir até algum órgão de defesa do consumidor. No fim do ano, pode ser que os postos de atendimento fiquem fechados durante alguns dias, o que deve postergar a reclamação, mas isso não inviabiliza a queixa.”

Dentre as opções que o consumidor insatisfeito tem, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, estão o cancelamento da compra, a substituição do produto ou a devolução do dinheiro. “Em épocas em que as vendas aumentam, como a Black Friday e o Natal, os consumidres precisam ficar ainda mais atentos”, alertou a advogada.
  




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