Política Titulo Denúncia
Luiz Marinho mantém
funcionário fantasma

Prefeito diz apenas que haverá apuração interna
no Paço de S.Bernardo sobre atuação de Peixoto

Raphael Rocha
Rogério Santos
03/12/2013 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), não exonerou Orlando Peixoto (PSD), funcionário fantasma flagrado pelo Diário durante uma semana trabalhando em sua assessoria contábil em vez de atuar como consultor de Obras, vaga comissionada pela qual recebe R$ 8.079,17 mensalmente da Prefeitura.

Marinho manteve o servidor para que haja apuração interna do caso. “Vi a reportagem (do Diário) e o fato será apurado. Se for constatada a veracidade, (Peixoto) será exonerado”, garantiu o chefe do Executivo, por volta do meio-dia, após reunião do Consórcio Intermunicipal. Ele não detalhou como a investigação será feita nem prazo de conclusão.

Contratado para cargo apadrinhado no governo, Orlando Peixoto passa boa parte do dia atendendo clientes particulares em seu escritório de contabilidade na Rua Bulgária, no bairro Taboão.

Durante uma semana, a equipe do Diário acompanhou a rotina do ex-candidato a vereador pelo PSD, que chegava em sua sala comercial por vota das 10h, saía para o almoço e retornava à tarde. Algumas vezes permanecia no local até o fechamento da sala, o que era feito por ele mesmo.

A jornada particular conflitava com atribuições dadas pelo prefeito ao servidor Orlando Peixoto. Em portaria assinada pelo petista no dia 8, o contador receberia R$ 8.079,17 para averiguar obras públicas pela cidade, cumprindo expediente de 40 horas semanais – oito horas diárias – na administração municipal.

Servidores do departamento de Obras Públicas de São Bernardo informaram que Peixoto nunca foi visto no Paço. “Em Obras Públicas conheço todos (trabalhadores) e esse nome não tem”, confidenciou o funcionário público que não quis se identificar.

Ontem, Peixoto não atendeu os contatos da equipe do Diário. Mas, na sexta-feira, garantiu trabalhar diariamente na Prefeitura, não diretamente no gabinete, pois sua função era “vistoriar obras pela cidade”. Ele atribuiu a denúncia a “intriga da oposição”, comentou que só aparecia em seu escritório de contabilidade no horário do almoço.

RELAÇÃO

Presidente do PT de São Bernardo, Wanderley Salatiel disse que a indicação de Peixoto não partiu da legenda e garantiu que a doação de R$ 40 mil do diretório à campanha do pessedista seguiu a legislação. “Todas as prestações de contas foram fechadas nas datas previstas dentro da mais estrita legalidade e acompanhadas pelo TSE.”




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