Política Titulo Funcionário fantasma
Aposta do prefeito, Peixoto teve campanha turbinada com R$ 40 mil

Comitê petista depositou quantia por achar que pessedista seria vereador; ele ficou como suplente

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
02/12/2013 | 07:24
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Funcionário fantasma da Prefeitura de São Bernardo, Orlando Peixoto (PSD) esteve na lista de apostas do prefeito Luiz Marinho (PT) para se eleger vereador no ano passado. Tanto que o pessedista recebeu R$ 40 mil para turbinar sua campanha por parte do departamento financeiro da empreitada à reeleição do petista. Todo aporte, no entanto, não evitou que ele ficasse apenas como suplente do PSD.

Os R$ 40 mil em doações de Marinho partiram do comitê financeiro único do PT de São Bernardo. Os petistas ainda endereçaram ao PSD mais R$ 380 mil – R$ 340 mil num depósito do dia 2 de outubro do ano passado e outros R$ 40 mil em transferência do dia 4 daquele mês.

Peixoto está numa seleta lista, que possui nomes como dos petistas Toninho da Lanchonete, Paulo Dias, José Cloves, Tião Mateus, José Ferreira, José Luiz Ferrarezi, Luizinho, Marcos Lula, Matias Fiúza, Wagner Lino; e dos aliados Giba Marson (ex-PTB, hoje PEN), Gilberto França (PMDB), Laurentino Hilário (PDT), Ivanildo Santana (PTB) e Antonio Cabrera (PSB).

Do PSD, além de Peixoto, Fábio Landi e o empresário Wiliam Gonçalves participaram deste rateio de contribuição eleitoral. Rafael Demarchi não foi contemplado, segundo dados de prestação de contas de Marinho ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A sigla elegeu dois vereadores – Rafael Demarchi e Fábio Landi – e integra a base de sustentação de Marinho na Câmara. A parceria rendeu indicações de cargos na administração do PT.

Uma dessas vagas foi destinada a Orlando Peixoto, mas, como o Diário mostrou ontem com exclusividade, o pessedista não é visto no departamento de Obras da Secretaria de Planejamento Urbano.

De acordo com portaria assinada por Marinho no dia 8, Peixoto teria de exercer a função comissionada de consultor de obras, com salário de R$ 8.079,17 e jornada de trabalho de oito horas diárias. Entretanto, passa boa parte do horário de expediente atendendo clientes particulares em sua própria empresa de contabilidade, no bairro Taboão.

Funcionário do setor garantiu nunca ter visto ou ouvido falar no ex-candidato a vereador. A Prefeitura informou que vai apurar o caso.
 




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