Economia Titulo Telefonia
Vivo explica falhas, mas não convence

Representante da operadora afirmou que quedas de sinal são causadas por falta de antenas e 3G

Andréa Ciaffone
do Diário do Grande ABC
27/11/2013 | 07:07
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Nario Barbosa/DGABC


O deputado estadual Orlando Morando (PSDB – São Bernardo) não ficou satisfeito com as explicações que ouviu do diretor de rede da operadora de telefonia celular Vivo, Leonardo Capdeville, sobre as constantes quedas de sinal da companhia, em audiência pública realizada na Comissão de Transportes e Comunicação da Assembléia Legislativa.

“Em resumo, a justificativa dele foi que a Vivo precisava de mais antenas retransmissoras de sinal para que a coisa funcione. Na minha visão, isso equivale a dizer que a empresa não vem fazendo os investimentos necessários para oferecer um serviço de qualidade à população”, diz Morando.

O deputado são-bernardense diz que se sente muito à vontade em empreender uma cruzada contra as corporações de telefonia, porque se trata do interesse público em um serviço de massa que depende de concessão pública para funcionar. “O serviço é essencial e é pago. Não pode ser tão ruim”, ressalta Morando, que já encaminhou um pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as razões para a má qualidade dos serviços de telefonia móvel.

De acordo com ofício emitido pelo Procon-SP, de janeiro a setembro foram registradas 10.486 reclamações em relação a operadoras de telefonia móvel. A campeã é a TIM, que deve ser ouvida semana que vem pela comissão. Das queixas, 51% são por cobrança indevida ou abusiva.

Em sua apresentação, o diretor de rede da Vivo, a quarta mais reclamada, explicou que, conforme mais usuários compram smartphones e utilizam os serviços 3G, a necessidade de antenas retransmissoras avança dramaticamente. “O serviço de voz só ocupa a antena durante a conversa entre as pessoas. Já o 3G é diferente, os smartphones ficam em contato com as antenas o tempo todo. Assim, conforme a pessoa se desloca, seu serviço vem de uma antena diferente, se uma das antenas no caminho estiver congestionada, a linha pode cair”, explicou Capdeville.

Diante da pergunta a respeito da cobrança pela nova ligação quando a primeira cai, o executivo esclareceu que, se a reconexão ocorrer em menos de 60 segundos, o primeiro minuto, que é o mais caro, não é cobrado, mas que a cobrança pelo tempo continua como se a linha não tivesse caído.
 




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