O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), descarta rediscutir o projeto de lei que reorganiza o Estatuto do Magistério, rejeitado três vezes pelo profissionais da Educação do município. “De jeito nenhum”, declarou o petista ontem.

O Sindserv (Sindicato dos Servidores Municipais) pretendia debater o estatuto novamente na mesa de negociação permanente, estabelecida com a gestão petista, antes de a proposta voltar à pauta da Câmara amanhã.

O projeto seria votado pelos vereadores na semana passada, mas a invasão do plenário do Legislativo por manifestantes contrários ao documento impossibilitou a condução dos trabalhos.
O regimento interno da Casa só permite no local a presença dos vereadores e funcionários. Se a sessão prosseguisse nessas condições, poderia ser anulada.

O grupo formado por educadores e integrantes da GCM (Guarda Civil Municipal) permaneceu na Câmara durante 20 horas e até dormiu no local para evitar que a propositura fosse avalizada na surdina. Novo protesto será realizado pelos educadores durante a sessão de amanhã. “Foi um manifesto da minoria”, declarou o chefe do Executivo, ao comentar a mobilização do grupo contrário ao modelo do Estatuto.

A polêmica que envolve a proposta gira em torno do fim da realização de concurso público para a contratação de diretores de escola, coordenador pedagógico e supervisor de ensino.

CARTA ABERTA
Desde ontem, a Secretaria de Educação encaminhou carta aberta à população, que será entregue aos alunos da rede municipal para levarem aos pais, defendendo o novo Estatuto do Magistério. Segundo o documento, os cargos serão preenchidos através de “processo seletivo organizado por entidade de notório saber”.

A medida visa angariar novos apoiadores ao modelo de gestão educacional que o Paço pretende aplicar.