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Fuvest tem abstenção recorde pelo 3º ano
25/11/2013 | 09:53
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A primeira fase do processo seletivo da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), aplicada ontem, 24, em 32 municípios do Estado de São Paulo, registrou pela terceira vez consecutiva número recorde de abstenção de candidatos. Neste ano, não compareceram 19.867 pessoas, o que corresponde a 11,5% do total. Também foi recorde o número de inscritos: 172.037 candidatos.

Em 2012 a taxa registrada de abstenções foi de 10,7%, ante 9,95% no ano anterior. Na primeira fase de 2010, o índice foi de 7,79% de faltantes. Segundo o coordenador de comunicação da Fuvest, José Coelho Sobrinho, a instituição ainda estuda quais fatores influenciaram o grande registro de faltas. "A Fuvest vai analisar em cada cidade o que ocorreu, quais os elementos que interfeririam na presença das pessoas em cada um dos postos." Segundo Sobrinho, não houve registros de ocorrências e a aplicação da prova foi "tranquila".

Neste ano o exame seleciona alunos para 249 cursos da Universidade de São Paulo (USP) - 11.057 vagas - e para o programa de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - 100 vagas.

Foi aprovado para esta edição o acréscimo de 5% na nota do vestibular de candidatos da rede pública que se declararem pretos, pardos ou indígenas. Na soma com os bônus que já existiam, para estudantes da rede pública, o acréscimo pode chegar a 25%.

As provas foram realizadas em 134 locais do Estado, das 13 às 18 horas de ontem. A primeira fase teve 90 questões de múltipla escolha, elaboradas de acordo com o conteúdo do núcleo comum do ensino médio. Segundo a Fuvest, nenhuma dessas questões terá de ser anulada. No dia 16 de dezembro, a Fuvest divulgará a lista dos aprovados e os locais de prova da segunda fase do processo, que deve ocorrer entre os dias 5 e 7 de janeiro.

Atrasos

Chuva e trânsito atrapalharam a chegada e a saída dos candidatos nos locais de prova. Em Sorocaba, pelo menos dois candidatos perderam a primeira fase do vestibular ontem por problemas no trânsito. Já em Santos alguns candidatos reclamaram da falta de policiamento no entorno do câmpus da Unip na Vila Mathias. Três pessoas afirmaram que tiveram os celulares roubados perto do local de prova.

Em São Paulo, na frente da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, pais que vieram de outros Estados e enfrentaram horas de viagem de avião ou ônibus aguardaram a saída de seus filhos até embaixo de chuva. O administrador e pedagogo João Viana, de 57 anos, veio do Ceará para acompanhar o filho Ícaro Sampaio Viana, de 17 anos, que deseja cursar Química na USP. O jovem desistiu do curso de Medicina na Universidade Federal do Ceará (UFC) e, para a tristeza da mãe, quer se mudar para São Paulo. "Vale fazer essa maratona para a felicidade do meu filho", disse o pai.

Para professores de cursinhos de São Paulo, a prova foi bem elaborada. Segundo Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho da Poli, o exame foi mais exigente que no ano passado. "A prova continua conceitual. "

Já Marcelo Dias Carvalho, coordenador do Curso Etapa, acredita que foi um exame "adequado" para selecionar os candidatos. "A prova manteve dificuldade mediana, procurando temas atuais."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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