Política Titulo Repasses
Um terço dos recursos da
região são verbas externas

São R$ 3,4 bilhões de repasses previstos pelas
cidades do Grande ABC em pleno ano eleitoral

Fábio Martins
25/11/2013 | 07:44
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Orlando Filho/DGABC


Dos R$ 11,5 bilhões do Orçamento de 2014 das sete prefeituras da região, 30,1%, ou seja, quase um terço, está representado pela fatia de repasses dos governos federal e estadual. A totalidade dos recursos direcionados ao Grande ABC foi estimada em R$ 3,4 bilhões, sendo R$ 2,2 bilhões provenientes da União e R$ 1,2 bilhão do Palácio dos Bandeirantes. São previsões de verbas das Prefeituras para projetos locais e repasses involuntários, como tributos, Fundeb e SUS.

O dinheiro às cidades ficará reservado com parcela significativa em pleno ano eleitoral, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) entrarão na disputa pela reeleição ao Palácio do Planalto e ao governo do Estado, respectivamente. Em São Bernardo, o petista Luiz Marinho contará com a maior fatia da região: R$ 838,8 milhões do governo federal. O prefeito foi ministro na primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Do Estado, serão R$ 347,7 milhões.

A peça de Santo André, por exemplo, que é de R$ 2,4 bilhões no exercício vigente, será turbinada pelo governo federal. Correligionário de Dilma, o prefeito Carlos Grana prevê R$ 818 milhões de aporte da União no ano que vem, o primeiro projetado por sua gestão. Com a projeção, o Orçamento, mesmo sem aumento na arrecadação, subirá para R$ 3,2 bilhões. O governo paulista, por sua vez, destinará R$ 204 milhões para um dos municípios que fazem parte do berço do petismo.

Outra cidade chefiada pelo PT, de Donisete Braga, Mauá terá R$ 233,3 milhões de Brasília, parcela superior ao Orçamento da vizinha Ribeirão Pires, que trabalhará com R$ 232,4 milhões. Para dar números da proximidade política, se contabilizados os três municípios liderados por petistas, o valor do montante chega a R$ 1,8 bilhão, o equivalente a 84,6% do total.

São Caetano, comandada por Paulo Pinheiro (PMDB), receberá R$ 290,3 milhões em transferências estaduais e R$ 95 milhões do governo federal. O peemedebista obterá uma peça de R$ 1,022 bilhão que, segundo o Paço, está comprometido com custeio e dívidas. Recentemente, Pinheiro reclamou que a Prefeitura tem enfrentado problemas financeiros principalmente por não contar com auxílio do governo do Estado e da União para custear áreas competentes às esferas superiores.

Em Diadema, o prefeito Lauro Michels (PV) tem o caminho inverso. O ex-tucano ordenará o valor mais substancial do Estado: R$ 374,4 milhões, acima até de São Bernardo, maior cidade do Grande ABC. Por outro lado, do governo federal vai angariar R$ 160,2 milhões, número bem inferior ao de Mauá, município com economia e população semelhantes.

Ribeirão Pires, de Saulo Benevides (PMDB), projeta R$ 45 milhões de transferências federais e R$ 5 milhões do Estado. Repasse parecido com o de Rio Grande da Serra, de Gabriel Maranhão (PSDB), que planeja arregimentar R$ 43 milhões da União e R$ 4 milhões estaduais.




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