A geração de empregos na região cresceu 18% no período de janeiro a outubro ante mesmo período do ano passado. O saldo de vagas, que é a diferença entre o número de admitidos e o total de demitidos, nesses dez meses, passou de 11.594 postos em 2012, para 13.687, em 2013. São Bernardo foi o protagonista do resultado, com mais 5.962 empregos abertos. Foi o suficiente para expandir 250% em relação ao registro de igual período do ano anterior, de 1.699.

E o setor de serviços, como vem mostrando nos meses, foi a tônica do aumento. No Grande ABC, foi responsável pela geração de 8.663 postos de trabalho nos dez meses encerrados no fim de outubro.

O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) publicou as informações ontem, por meio do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). São considerados apenas trabalhadores formais, ou seja, com carteira assinada.

Na avaliação do professor de Economia da Universidade Metodista de São Paulo Sandro Maskio, o cenário econômico de 2012 foi ruim e o emprego teve reflexo. Assim, o crescimento deste ano mostra uma leve retomada de fôlego da economia e o mercado de trabalho tende a acompanhar.

O setor industrial também deu sinais de que está engrenando. “A indústria, que é um dos motores da economia, diminuiu em 6.937 seus empregos no ano passado. Agora parece estar retomando”, avaliou Maskio. Segundo dados do Caged, o setor industrial aumentou o seu quadro de funcionários, nas sete cidades, em 2.727 vagas.

Maskio acrescentou que novembro e dezembro são meses em que o comércio será a bola da vez em geração de vagas. Os trabalhadores temporários registrados para atender as vendas, principalmente, relacionadas às festas do fim do ano, sustentaram esse cenário nos últimos anos. O comércio, depois de expandir em 5.331 o número de vagas em 2012, já teve a criação de 2.241 postos entre janeiro e outubro.

MENSAL - No resultado mensal, a indústria apresentou resultado negativo. As fábricas reduziram o saldo de vagas em 211 postos. Diadema puxou o resultado, com uma redução de 150 empregos.

Apenas Santo André, com aumento de 67 postos, e Ribeirão Pires, com mais 12, contribuíram positivamente no resultado mensal.

O professor de Economia Regional e Política de Planejamento Econômico Ivan Prado, que ministra aulas na FSA (Fundação Santo André), lembrou a dificuldade que as empresas da região vêm enfrentando para aumentar a competitividade, principalmente por causa dos impactos da taxa de câmbio. “Menos competitividade acaba gerando menos emprego”, disse Prado.

O resultado segue o mesmo caminho da pesquisa do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), que considera apenas as empresas da região filiadas a essa entidade. O estudo mostrou uma redução de 1.350 empregos, no mês passado, nas indústrias associadas na região.

Assim, o saldo total de vagas de outubro foi de 1.121, 47% inferior a setembro (2.117) e 51,3% menor do que o mesmo mês do ano passado (2.302).

O setor de serviços teve um acréscimo de 1.072 postos, seguido pelo comércio, com 278, e a construção civil, com 56.