Automóveis Titulo Comparativo
Pancadaria turbinada

Volkswagen Golf Highline e Fiat Bravo T-Jet fazem
duelo de motores 1.4 turbo e câmbios manuais

Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
20/11/2013 | 10:00
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Denis Maciel


A sétima geração do Volkswagen Golf chegou botando banca. Especialmente aqui no Brasil, onde respirava por aparelhos um modelo muito ultrapassado. No entanto, para virar hit e emplacar nas paradas de sucesso, não basta um rostinho bonito. Talento é fundamental. Por isso resolvemos colocar o golden boy de Wolfsburg diante do experiente Fiat Bravo em um duelo de hatches médios com motor 1.4 turbo e câmbio manual. O coração do Volks entrega 140 cv e 25,5 mkgf de torque. Já o do Fiat despeja de 152 cv e 23 mkgf.

Estamos falando das versões Highline do alemão, que parte de R$ 67.990, e T-jet do minerim com ascendência italiana, que não sai por menos de R$ 68,5 mil. Por estes valores entregam direção elétrica, freios ABS com EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem), faróis de neblina, controlador de velocidade, rodas de liga leve, travas e vidros elétricos.

O Golf, no entanto, vai além, com tecnologia start-stop – desliga o motor automaticamente quando o veículo para, por exemplo, em um semáforo, e o liga novamente assim que o condutor pisa na embreagem. Ele também entrega sete air bags (duplo frontal, laterais, tipo cortina e de joelhos), enquanto no Bravo são apenas os dois frontais. O sensor de estacionamento é dianteiro e traseiro no Volks. Já no Fiat, apenas traseiro.

Porém, o modelo da marca italiana vem de fábrica com teto solar, item opcional no adversário (R$ 4.500).

E por falar em opcionais, o Bravo disponibiliza sistema de navegação com tela LCD de 6,5 polegadas (R$ 3.197), Kit Safety (air bags laterais, tipo cortina e de joelhos – R$ 2.991), bancos revestidos parcialmente em couro por R$ 2.108, entre outros itens.

No Volks a lista de itens extras é mais interessante, mas cobra-se mais. O sistema multimídia com navegação tem tela sensível ao toque de oito polegadas, DVD player e dois leitores de cartões de memória. Preço: R$ 6.730. Já o Park Assist (auxílio para baliza) com câmera de ré sai por R$ 3.730.

Caso não queira escolher os opcionais picados, o Golf tem três pacotes fechados disponíveis – Elegance (R$ 5.000), Exclusive (R$ 15 mil) e Premium (R$ 25 mil). O mais caro, por exemplo, entrega: seleção do perfil de condução Mode (normal, eco, esporte e individual); sistema de navegação com tela touch de 5.8 polegadas, comando de voz, sensor de aproximação, Bluetooth, entrada para SD-Card e interface para iPod; roda de liga leve aro 17; revestimento interno em couro; entre outros.

Em termos de design, as filosofias são opostas. O Golf tem traços mais retos e que sugerem maior arrojo e modernidade. O Bravo é atraente. Chama a atenção e ainda é atual. Mas as linhas arredondadas não insinuam tanta esportividade como as do adversário.

Por dentro, os dois modelos têm conceitos parecidos, especialmente a utilização de leitores analógicos para velocímetro e conta-giros. Até mesmo a empunhadura dos volantes multifuncionais é parecida. O Das Auto, entretanto, adota materiais mais refinados e agradáveis ao toque, agregando requinte extra ao modelo.

O conforto interno também é equilibrado. Apesar de a distância entre os eixos ser três centímetros maior no Golf, o espaço interno é igual. Apenas por ser oito centímetros maior, o Bravo consegue entregar um porta-malas um pouco mais generoso, com 400 litros.

Apesar de menos potente, Golf entrega melhor desempenho

A diversão é garantida a partir do momento em que se pisa com gosto no pedal da direita de Fiat Bravo T-jet e Volkswagen Golf. Impressionante como a utilização de um simples turbo pode apimentar, dar sabor a uma simples volta no quarteirão.

No entanto, como se trata de um comparativo, a avaliação aqui é mais cirúrgica. E dentre os pontos que temperam a condução, o modelo fabricado na Alemanha, mas que futuramente sairá da linha de montagem da fábrica da Volks em São José dos Pinhais, no Paraná, é ligeiramente superior.

O motor 1.4 TSI com 140 cv de potência é 12 cv mais fraco que o 1.4 16V T-jet do Fiat. O Golf, porém, consegue entregar mais torque (25,5 mkgf contra 21,1 mkgf) e em rotações mais baixas (1.500 rpm contra 2.250 rotações). Sendo assim, as acelerações e, especialmente, as retomadas são mais saudáveis no ‘Das Auto’.

Importante ressaltar que o Bravo traz função Overboost, que aumenta, a partir de um simples toque em um botão no painel central, a pressão do turbo de 0,9 bar para 1,3 bar. Com isso, o torque salta para 23 mkgf, disponível a 3.000 giros.

Outro fator que deixa o Volkswagen mais ligeiro é o fato de pesar 152 quilos menos.

As transmissões de ambos são manual de seis marchas e oferecem boas relações. Os engates do câmbio do Volkswagen, entretanto, são mais justos, elevando a esportividade.

Suspensão rígida nos dois também aprimora a tocada e permite abusar dos turbinados nas entradas das curvas.

Veredicto

Design atraente, preço menor, mais itens de série e desempenho superior garantem a vitória ao Volkswagen Golf. Custo dos opcionais, porém, pesa contra – mas, infelizmente, é o preço que se paga para ter o que há de mais moderno na Europa por aqui.




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